No Glamurama, a jornalista Joyce Pascowitch escreve:
Os mais tradicionais que saiam da sala. Se as palavras ‘nudez’ e ‘sexo’ te arrepiam, então é melhor não pisar na calçada do Museu de Arte de São Paulo, o Masp, a partir do dia 19 de outubro, quando inaugura a exposição “Histórias da Sexualidade”. A mostra pretende discutir o tema a partir de uma noção ampla de histórias, cujos sentidos – múltiplos e diversos – abrangem relatos coletivos e pessoais, ficcionais e não-ficcionais, ultrapassando formas tradicionalmente fixadas pela história da arte.
A exposição “Queermuseu”, montada no Santander Cultural de Porto Alegre, acabou sendo cancelada após críticas de movimentos religiosos e do Movimento Brasil Livre (MBL), que julgaram – e criaram uma corrente de críticas – que a exposição fazia apologia à pedofilia e à zoofilia. No Masp, a mostra vai englobar representações sobre sexualidade de diferentes períodos, territórios e suportes, proporcionando um diálogo novo e desenvolvendo uma abordagem que desafia as fronteiras e hierarquias entre os objetos, suas origens, categorias e tipologias.
A pergunta que vem: mas e daí?
Se essa nova exposição for aberta às crianças e tiver sacanagem, basta ativar o ECA.
Caso a exposição seja financiada por dinheiro público, basta expor o uso da Lei Rouanet.
Mas se não tiver crianças na plateia e não existir dinheiro público por trás, essa nova exposição simplesmente é irrelevante e não traz nenhum interesse político.
Nenhum comentário:
Postar um comentário