Marcos Valério confirma a Moro que Joaquim Barbosa deu cobertura a Lula no assassinato de Celso Daniel
O juiz Wagner de Oliveira Cavalieri da comarca de Nova Contagem, em Minas Gerais, autorizou o publicitário Marcos Valério a depor pela primeira vez sobre a Lava Jato na Justiça Federal do Paraná. A audiência com o juiz Sérgio Moro foi marcada para o dia 12 de setembro, em Curitiba, a partir das 14h.
O advogado Marcelo Leonardo, que representa o publicitário, disse que seu cliente poderia ser ouvido por videoconferência e que acha desnecessária a ida para Curitiba.
“Não há necessidade de ser levado para Curitiba. Fica parecendo que há uma desejo de fazer um espetáculo midiático. Envolve gasto público desnecessário”, disse. O advogado argumentou ainda que Valério deve repetir a Moro o que afirmou à Procuradoria-Geral da República em depoimento no ano de 2012.
Marcos Valério é réu em um processo da 27ª etapa da Lava Jato e já foi condenado a 37 anos pelo Mensalão do PT. Atualmente ele cumpre pena em regime fechado na Penitenciária Nelson Hungria, na cidade mineira.
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, Marcos Valério afirmou em depoimento que parte do empréstimo de R$ 12 milhões entre o pecuarista José Carlos Bumlai e o Banco Schahin era destinado a Ronan Maria Pinto, que extorquia dirigentes do Partido dos Trabalhadores.
O dinheiro, segundo o procurador Diogo Castro de Mattos, seria para comprar ações do jornal "Diário do Grande ABC". Mattos afirmou que o objetivo de comprar ações era, segundo Marcos Valério, porque o jornal estava ligando Ronan Maria Pinto a denúncias da morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.Ronan Pinto também é réu no mesmo processo e foi apontado pelas investigações como dono do Diário do Grande ABC. Ele está preso no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Já Bumlai, foi preso pela Lava Jato no final de 2015. Na noite de quarta-feira (17) ele foi internado em um hospital de São Paulo. Segundo a advogada Daniela Meggiolaro, Bumlai está com uma infecção grave, e os médicos analisam os exames para um diagnóstico mais exato.
O pecuarista foi alvo da 21ª fase da Operação Lava Jato e está em prisão domiciliar desde março deste ano devido a um tratamento contra um câncer na bexiga.
Após o pecuarista ser denunciado, em Brasília,por obstrução à Justiça, o juiz Sérgio Moro determinou que ele voltasse para a prisão, na terça-feira (23). Com a informação do internamento, Moro adiou a data.
Após o pecuarista ser denunciado, em Brasília,por obstrução à Justiça, o juiz Sérgio Moro determinou que ele voltasse para a prisão, na terça-feira (23). Com a informação do internamento, Moro adiou a data.
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