Após quatro meses de tratamento, veterinários controlam infecção e reconstroem bico de tucano no RS
Animal apresentou ferimento em janeiro e chegou a perder 20% do peso por não conseguir se alimentar
Foram precisos quatro meses de tratamento e três operações para que o bico de um tucano fosse reconstruído e devolvesse a ele os movimentos para manter a alimentação adequada. Ele é atendido em uma clínica veterinária na zona norte de Porto Alegre desde janeiro, quando apresentou uma infecção que destruiu parte da estrutura da mandíbula.
Confira a galeria de fotos do tratamento do tucano
Durante cerca de 45 dias, o animal de quatro anos foi tratado somente com antibióticos para eliminar a bactéria que agiu em seu bico. Devidamente registrada no Ibama pelo proprietário, a ave recebeu uma resina acrílica semelhante à usada por dentistas em próteses para fechar o machucado.
— Não existe uma técnica a ser seguida, tivemos que inventar uma maneira que consideramos a mais correta. Foram três reconstruções e esta última acredito que tenha sido a melhor. A tendência é que ele se recupere bem — explica a veterinária e cirurgiã Alessandra Roll.
Ação de bactérias destruiu parte do bico do tucano-toco
Foto: Ronaldo Bernardi
Os especialistas ainda não sabem o que causou a infecção que fez o animal perder 20% do peso no primeiro mês de tratamento, um emagrecimento considerado "drástico" e preocupante. Em média, a ave pesa 500 gramas. Uma das hipóteses é o fato de o tucano-toco, como é conhecida a espécie, ter o costume de arrastar o bico nas grades de seu viveiro.
— A parte superior do bico estava se afastando da inferior devido à cicatrização do ferimento. Se a distância aumentasse, era possível que o animal não conseguisse mais pegar o seu alimento e, consequentemente, não comeria — observa Alessandra.
Segundo a veterinária, o corte no bico poderia facilmente provocar uma infecção generalizada e seria necessária uma cirurgia. O procedimento possui risco porque a anestesia em aves, que têm um rápido metabolismo, pode levar o animal a óbito. Animais desta espécie têm expectativa de vida de 20 anos.
Confira a galeria de fotos do tratamento do tucano
Durante cerca de 45 dias, o animal de quatro anos foi tratado somente com antibióticos para eliminar a bactéria que agiu em seu bico. Devidamente registrada no Ibama pelo proprietário, a ave recebeu uma resina acrílica semelhante à usada por dentistas em próteses para fechar o machucado.
— Não existe uma técnica a ser seguida, tivemos que inventar uma maneira que consideramos a mais correta. Foram três reconstruções e esta última acredito que tenha sido a melhor. A tendência é que ele se recupere bem — explica a veterinária e cirurgiã Alessandra Roll.
Ação de bactérias destruiu parte do bico do tucano-toco
Foto: Ronaldo Bernardi
Os especialistas ainda não sabem o que causou a infecção que fez o animal perder 20% do peso no primeiro mês de tratamento, um emagrecimento considerado "drástico" e preocupante. Em média, a ave pesa 500 gramas. Uma das hipóteses é o fato de o tucano-toco, como é conhecida a espécie, ter o costume de arrastar o bico nas grades de seu viveiro.
— A parte superior do bico estava se afastando da inferior devido à cicatrização do ferimento. Se a distância aumentasse, era possível que o animal não conseguisse mais pegar o seu alimento e, consequentemente, não comeria — observa Alessandra.
Segundo a veterinária, o corte no bico poderia facilmente provocar uma infecção generalizada e seria necessária uma cirurgia. O procedimento possui risco porque a anestesia em aves, que têm um rápido metabolismo, pode levar o animal a óbito. Animais desta espécie têm expectativa de vida de 20 anos.
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