Aécio diz ser contra indexação de salários e responsabiliza Dilma por inflação
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DE SÃO PAULO
Possível adversário de Dilma Rousseff na disputa eleitoral do ano que vem, o senador Aécio Neves (MG) afirmou ser contra a proposta de criar um mecanismo de indexação dos salários dos trabalhadores, mas criticou a gestão petista pela ideia voltar a ser discutida.
A proposta é uma das bandeiras da Força Sindical, comandada pelo deputado Paulinho (PDT-SP), que defende a realização de uma campanha para instituir reajustes trimestrais aos salários, atrelados à inflação.
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"Esse tema volta à discussão exatamente porque o governo do PT vem perdendo o controle sobre a inflação. Várias propostas vão surgir, inclusive essa da Força. Não é a minha, eu não sou a favor da indexação", afirmou Aécio.
A medida foi defendida em artigo assinado por Paulinho publicado hoje na Folha, no qual ele diz que a inflação corrói o poder de compra e impõe sacrifícios às pessoas de menor renda.
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Para Aécio, a solução seria uma política fiscal mais firme por parte do governo, que, segundo ele, apostou quase que integralmente no crescimento pela demanda, a partir da oferta de crédito.
"Respeito a posição da Força, mas, como disse aqui, não acho que a reindexação seja um instrumento de controle da inflação. O governo precisaria ter uma política fiscal mais firme do que a que está tendo e, ao longo dos últimos anos, o que assistimos foi uma flexibilização daqueles pilares macroeconômicos herdados do governo do Fernando Henrique, que eram as questões do câmbio flutuante, metas de inflação, superávit primário, com a grande maquiagem que o governo vem fazendo."
A proposta de Paulinho também foi descartada pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias, que considera a indexação desnecessária.
"Não considero hoje necessário. Se for necessário, já tivemos. Mas por outro lado ele pode estimular a inflação. Tem que ser muito bem discutido", afirmou ao chegar ao 1º de Maio Unificado, evento organizado pela Força Sindical em parceria com outras centrais.
Ao lado do sindicalistas, Dias e Aécio participam da festa do "1º de Maio Unificado", promovido por quatro centrais sindicais na zona norte de São Paulo.
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