Pagot diz ter procurado empresas por doações à campanha de Dilma
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BRENO COSTA
FERNANDO MELLO
DE BRASÍLIA
FERNANDO MELLO
DE BRASÍLIA
O ex-diretor geral do Dnit Luiz Antonio Pagot confirmou nesta terça-feira (28), em depoimento à CPI do Cachoeira, ter procurado dezenas de empresas com contratos com o órgão para que elas fizessem doações para a campanha da presidente Dilma Rousseff, em 2010.
Ele afirma que as abordagens, e as doações que se efetivaram por parte dessas empresas, foram legais. De acordo com Pagot, as contribuições não tinham relação com eventuais atos administrativos do Dnit, órgão comandado por ele.
Pagot já tinha trazido o assunto à tona em entrevista realizada antes da aprovação de sua convocação para CPI, mas agora apresentou mais detalhes.
O ex-diretor do Dnit relatou aos parlamentares ter sido procurado em 2010 pelo então tesoureiro da campanha de Dilma, José de Filippi Júnior. Ele afirma ter mostrado a Filippi uma lista de 369 empresas que tinham contrato em vigor com o Dnit à época
O tesoureiro então, segundo Pagot, pediu para que ele procurasse "30 ou 40" empresas com contratos no Dnit para que contribuíssem com a campanha de Dilma. Segundo o ex-diretor, o pedido do tesoureiro não envolvia uma conotação de achaque às empresas.
"Ele disse: não se preocupe com as maiores, que isso é assunto do comando da campanha, mas se você puder procurar umas 30, 40, peça para fazer doação na conta de campanha", relatou Pagot.
"Procurei [as empresas], e não estava praticando nenhuma irregularidade, não associei a nenhum ato administrativo no Dnit, e não estabeleci percentuais. Algumas empresas encaminharam para mim um boleto demonstrando que tinham feito a doação, legalmente, na conta de campanha. Não passaram de meia dúzia."
Alan Marques - 13.jul.11/Folhapress | ||
O ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) Luiz Antônio Pagot |
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