quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Ministra ofende as vítimas da escravidão ao fazer narrativa para pedir salário de R$ 61 mil por mrk

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Ministra ofende as vítimas da escravidão ao fazer narrativa para pedir salário de R$ 61 mil

por mrk
Procurei em várias fontes para me certificar de que não era mentira, pois a coisa é tão absurda que parece fake news.
Fiquemos com o Estadão como fonte:
A ministra Luislinda Valois, dos Direitos Humanos, apresentou ao governo um pedido para acumular o seu salário com o de desembargadora aposentada, o que lhe garantiria vencimento bruto de R$ 61,4 mil. Em 207 páginas, ela reclama que, por causa do teto constitucional, só pode ficar com R$ 33,7 mil do total das rendas. A ministra diz que essa situação, “sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura”.
Sobra pouco. Luislinda justifica no documento que, por causa da regra do abate-teto, pela qual nenhum servidor ganha mais do que um ministro do Supremo, seu salário de ministra cai para R$ 3.292 brutos. O de desembargadora, de R$ 30.471,10, é preservado.
Ops. Ao citar a Lei Áurea, a ministra Luislinda comete um deslize. Ela diz que a norma “recebeu o número 3533”, quando a lei sancionada pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888 é a 3353.
Com a palavra. Procurada durante todo o dia de ontem para comentar o assunto, a ministra disse, por nota, que “não vai se pronunciar a respeito”. Filiada ao PSDB, ela assumiu a pasta em fevereiro deste ano.
Argumentos. No documento, Luislinda diz que “ao criar o teto remuneratório, não se pretendeu, obviamente, desmerecer ou apequenar o trabalho daquele que, por direito adquirido, já percebia, legalmente, os proventos como sói acontecer na minha situação”.
Definição. O Código Penal define trabalho análogo ao de escravo o que submete a pessoa a condições degradantes, jornada exaustiva, trabalho forçado, cerceamento de locomoção e servidão por dívida.
Benefícios. Como ministra, Luislinda tem direito a carro com motorista, jatinhos da FAB, cartão corporativo, imóvel funcional e a salário de R$ 30,9 mil.
É histórico. Nas terras onde o Plano Piloto foi construído, o último registro de trabalho escravo foi no século XIX. A região, onde está a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes pertencia a Goiás.
Abaixo podemos ver o trecho do documento de sua requisição:
Abaixo está o contra-cheque de Luislinda como ministra com o abate-teto de R$ 27 mil:
E aqui está o contra-cheque de Luislinda como desembargadora aposentada:
Para início de conversa, escravidão é crime.
Sendo assim, ela pode se complicar por ter feito essa declaração vergonhosa.
Mas ainda pior é que ela ofende todas as vítimas reais de escravidão, que sofreram nas mãos de capatazes exatamente por estarem privadas da liberdade. Ao relativizar a escravidão, Luislinda desrespeita todas as vítimas históricas dessa barbárie.
Outro ponto interessante é que Luislinda pode estar jogando um jogo retórico habilitado pelos diversos truques de vagueza adotados pela extrema esquerda para se referir à escravidão. Ora, se qualquer coisa pode ser tratada como escravidão, por que ela não poderia fazer o mesmo truque para se beneficiar? Este é mais um argumento em favor da portaria que elimina o truque de vagueza na definição de trabalho escravo.
Temer tem a missão de demitir a ministra Luislinda. É hora de libertá-la.
mrk | 2 de novembro de 2017 às 10:06 | Tags: bolivarianismoextrema esquerdaLuislinda Valoismarxismosocialismo | Categorias: Notas | URL: https://wp.me/pUgsw-oBv

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