O Teatro Oficina procurou o Ministério Público Federal (MPF) nesta terça-feira na tentativa de violar os direitos de Silvio Santos, que deseja erguer três torres residenciais de cem metros de altura cada uma. As informações são da Veja.
O empresário é dono dos terrenos em volta do teatro e executa seu direito de propriedade, negando-se a trocá-los por outros, oferta feita a ele pelo Ministério do Planejamento.
O grupo teatral, que fez sua sede no local há cerca de sessenta anos e ocupa um prédio que leva a assinatura de Lina Bo Bardi (a mesma do Masp e do Sesc Pompeia), alega danos ao projeto da arquiteta, que prevê a contracenação com o bairro do Bexiga e a cidade através do janelão aberto em uma das paredes do edifício e inclui ainda um parque cultural, que ela não chegou a fazer por ter morrido antes de concluir a proposta.
A procura pelo Ministério Público Federal é uma nova estratégia de desrespeito à propriedade privada feita pelo grupo teatral, depois que Silvio Santos deixou de aceitar as provocações e rompeu o diálogo com a companhia.
Em outubro, Silvio Santos reverteu decisão ainda de 2016 do Condephaat, o órgão estadual de proteção ao patrimônio público, que o impedia de construir em volta do Teatro Oficina. Agora, para levar seu projeto imobiliário adiante, busca o mesmo aval nos níveis municipal e federal.
É por isso que João Doria pisou na bola ao ter feito uma reunião no passado com Zé Celso e Silvio Santos. Com gente que não respeita a propriedade privada, não deve haver diálogo. Que Silvio Santos vá pra briga, pois tem seus direitos de proprietário.
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