Já não é segredo para ninguém que Michel Temer é o pior presidente da história do Brasil em termos de jogar a guerra política.
Basta observar os principais autores que podemos definir como aqueles que nos ajudaram a definir o termo: David Horowitz, Saul Alinsky, George Lakoff e outros.
Temer não segue absolutamente nenhuma regra desses autores. Ele não polariza as questões, não avança feito trator sobre os oponentes, não usa a rotulagem, não parte para o ataque, capitula desnecessariamente (basta olhar o recorde de recuos humilhantes que ele já fez), não trabalha com os símbolos do medo, não lança pressão sobre inimigos, etc.
Claro que ele tem feito um belo trabalho de avançar uma agenda de reformas, mas a que preço? Por não jogar, conseguiu 3% de popularidade e tende a cair ainda mais desse jeito. Ora, a regra é clara: se você não rotula um oponente, ele vai te rotular em dobro. A popularidade dele sobe na medida em que a tua cai.
Mas como diria o Barão de Itararé, de onde menos se espera, daí mesmo é que não sai nada. Começam a surgir notícias de que Temer estaria intervindo para brecar a campanha. A notícia (acreditem se quiser) veio em primeira mão pelo jornalista petista Kennedy Alencar:
Kennedy está usando o recurso da "fake news", com tentativa de fazê-la virar verdade. O objetivo é influenciar psicologicamente a equipe de Temer, que costuma cair em todas armadilhas deste tipo.
A técnica de Kennedy é tão óbvia que não deveria enganar nem crianças de 10 anos. Diz: "Pegou mal exibição na Internet". Bem, na verdade pegou mal entre os petistas. Como era de se esperar. Mas o petista Kennedy quer convencer Temer de que como "pegou mal entre os petistas", então o PMDB deve cancelar a exibição. De novo, é bom ressaltar: é truque que não deveria enganar nem mesmo uma criança.
Agora os petistas estão organizando ações de "falsos conselhos" na página do partido. Os "falsos conselhos" são recursos tão óbvios que nem precisaríamos de autores da guerra política para entendê-los. Basta ler Sun Tzu.
Combinando os falsos conselhos com chantagens emocionais, os petistas estão tentando intimidar o PMDB:
Agora o jogo está aberto.
Ou Temer não cai nesse jogo e mantém a propaganda - e aí podemos pensar em mudar sua nota na guerra política de zero para 0,02 ou 0,04 - ou então ele continua como merecedor de um zero bem redondo na guerra política.
Se ele cair em truques tão bobos e dar um novo papelão tático tão grande (a ponto de tirar a propaganda do ar), vai ser motivo de troça nas mãos dos petistas por mais um recurso e perderá ainda mais popularidade. Se a propaganda for ao ar, ele pontua positivamente. A ver que destino ele vai escolher.
Aviso final: a propaganda já está no ar a partir das redes sociais. Se ela não passar na TV, Temer se queimará ainda mais entre seus poucos apoiadores, pois a "arregada" será pública. Mas cada arrogante que escolhe o tamanho de seu tombo, não é mesmo?
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