Qualquer ser humano honesto que é jornalista ou diz defender jornalistas precisa, antes de tudo, se posicionar contra aqueles que buscam cercear a liberdade de imprensa e, nesse intento, chegam a matar jornalistas. Poucos tipos de seres humanos são tão inimigos dos jornalistas (honestos) quanto os ditadores.
Eis que a Associação Brasileira de Imprensa mostrou todo seu desrespeito aos jornalistas intelectualmente honestos ao homenagear o assassino Gue Guevara, como lemos em matéria do JornaLivre.
Che - morto em outubro de 1967, recebeu in memoriam a Medalha Abreu Lima 2017, concedida pela Casa da América Latina “grandes nomes que integraram e integram a luta pela hegemonia latino-americana”, em evento na sede da Associação Brasileira de Imprensa no último dia 20 de setembro.
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Durante a cerimônia, que lembrou os 50 anos da morte de Che e os 10 anos da Casa da América Latina, o filho mais novo de Che, o advogado Ernesto Guevara March, recebeu a medalha das mãos da jornalista Olga de Assis. A medalha também já foi concedida ao então ditador de Cuba, Fidel Castro.
Para um dos presentes na mesa, Lincoln Penna, historiador e professor aposentado da UFRJ, o terrorista Che Guevara é “uma das maiores lideranças históricas da história” e deve ser um referencial para os latino-americanos na luta pela independência e na defesa contra o imperialismo. “Hoje estamos vivendo um período difícil da humanidade, quando o grande capital financeiro está devorando a dignidade dos povos. O que enfrentamos hoje é mais do que uma ditadura. Creio que todos temos uma tarefa maior de denunciar e combater esse inimigo com o sentimento de pertencimento. Temos que ter Che como referência na ação libertadora das Américas”.
Ou seja, para a ABI vale a pena homenagear aqueles que assassinam a liberdade de imprensa.
Essa instituição não tem mais razão para existir.
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