Que Aécio Neves tem muito a se explicar à Justiça é um fato. Mas também é um fato que o STF (majoritariamente nomeado por petistas) o trata com muito menos energia do que trata senadores petistas como Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias.
Não iria demorar para o STF decidir afastá-lo e ainda pedir seu recolhimento domiciliar noturno. Ademais, o STF determinou que ele entregue seu passaporte.
A decisão foi tomada por 3 dos 5 ministros da primeira turma do tribunal: Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux. Já Marco Aurélio e Alexandre de Moraes votaram a favor de Aécio, para que ele mantivesse os benefícios do cargo.
O mais bizarro foi o voto de Fux, que adotou o ritmo de troça contra Aécio.
Fux disse: "O homem público, quando exerce função em nome do povo, precisa praticar atos de grandeza"
"Muito se elogia [Aécio] por ter saído da presidência do partido. Ele seria mais elogiado se tivesse se despedido ali do mandato. Se ele não teve esse gesto de grandeza, nós vamos auxiliá-lo a pedir uma licença para sair do Senado Federal, para que ele possa comprovar à sociedade a sua ausência de culpa nesse episódio que marcou demais a sua carreira política", completou Fux.
Fica claro que o STF não respeita Aécio, que segue sem dar respostas políticas efetivas. Por isso, ele atrai uma agressividade que não acontece com Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias, que reagem aos ataques.
Resta saber se Aécio vai permanecer quieto depois da troça de Fux.
Em tempo: a decisão do STF de restringir liberdade de Aécio é sinal de falência institucional. Mas se o Senado reverter a decisão, isso não muda em nada o cenário. Ou seja, qualquer resultado deste evento é ruptura. O fato é que as instituições não tem mais valor algum no país.
Falar em "respeito às instituições" hoje é apenas uma fachada. Um virtue signalling.
O que pode existir é medo de consequências e não respeito às instituições.
O fato é que Aécio não mete medo em ninguém.
Não existe respeito às instituições porque as pessoas que estão representando essas instituições não se dão esse respeito. A verdade é que temos um STF que no mínimo deveria passar imparcialidade nas suas decisões e não se deixar levar por quem indicou, se é amigo ou inimigo. O legislativo então acho que nem precisa falar muito, cheio de ladrões e corruptos, esses não tem momoral alguma. Estamos sem saída. Já elegemos caçador de marajás, sociólogo, "um trabalhador ",uma mulher,daqui a pouco vamos eleger um homossexual. E é decepção atrás de decepção. Qual será a solução?
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