28 de Outubro de 2016
A criminalidade e a nossa prisão mental
Por Mario Sabino
Hoje foi divulgado que, em 2015, 58.383 pessoas foram vítimas de homicídio no Brasil. Ou seja, 160 pessoas por dia. Ou seja, sete pessoas por hora.
Comparado com o ano anterior, houve uma queda de 1,2%. É estatisticamente irrelevante para se contrapor ao fato de que continuamos a ser um país feroz.
A nossa ferocidade encontra livre vazão por falta de Estado. Temos Estado demais onde deveríamos ter menos e pouco Estado onde deveríamos ter mais. Caberia ao Estado prevenir, investigar e punir. No lugar disso, há leniência, inépcia e impunidade.
Até quando?
As receitas pontuais para conter a criminalidade são conhecidas, mas teimamos em ignorar a essencial: a reforma do Estado brasileiro.
É preciso diminuí-lo para termos menos Lulas e Renans.
É preciso diminuí-lo para termos mais foco e eficiência.
É preciso diminuí-lo para agigantá-lo.
Enquanto vivermos nesta prisão mental construída pelo nacional-populismo, os bandidos permanecerão livres e matando.
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