A vitória nunca foi órfã, jamais é bastarda, tem uma dezena de pais. Já a derrota é uma fragilizada e rejeitada órfã, e, por óbvio, feia, raro exibir olhos verdes.
Hoje à noite o vitorioso, em diferentes cidades brasileiras, desfrutará o néctar do sucesso, cercado de elogios, celebrações, todos registrando sua liderança inatacável, o acerto de suas táticas e estratégias, sua sabedoria política.
A todos responderá com um sorriso simples, um rio Amazonas de soberba, mascarado de humildade.
A humildade, na política, não raro, é o colchão dos canalhas, dos farsantes.
Ao perdedor restará a solidão de seu silêncio, o cálice amargo da derrota, e praticamente o fará sozinho. Aprenderá, talvez, que o ser humano não tem amigos, somente os têm os seus sucessos.
Na vida, a felicidade, sempre meteórica, depende mais do que temos em nossas cabeças, do que a caneta do Poder.
A derrota é um desses momentos.
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