quarta-feira, 1 de junho de 2016

Falha acionamento de módulo inflável na Estação Espacial

Falha acionamento de módulo inflável na Estação Espacial

Falha acionamento de módulo inflável na Estação Espacial
Como deveria ter ficado (esquerda) e como está após três tentativas de enchimento do módulo inflável da Estação Espacial.[Imagem: NASA/Bigelow]
Não encheu
O processo de enchimento do primeiro módulo inflável da Estação Espacial Internacional não alcançou os resultados esperados, depois de três tentativas realizadas neste fim de semana.
O módulo BEAM (Bigelow Expandable Activity Module, ou módulo de atividade expansível Bigelow) é o primeiro teste de uma nova plataforma que visa criarhotéis e laboratórios espaciais a um custo mais baixo do que os tradicionais módulos rígidos de alumínio e outras ligas.
Os astronautas a bordo da Estação Espacial injetaram ar dentro do módulo, mas ele não se inflou conforme esperado.
Segundo a empresa Bigelow, fabricante do módulo, a falha ocorreu porque o módulo ficou empacotado por 15 meses, o que é 10 meses mais do que o previsto no projeto original.
Além disso, "existe a possibilidade de que o comportamento dos materiais que formam a parte externa do módulo funcionem de forma diferente do que o esperado," disse a empresa em nota à imprensa.
Outro problema apontado pelo fabricante é que o processo de enchimento do módulo foi mais lento do que o realizado nos testes anteriores realizados no espaço, em vista de restrições impostas pela Estação Espacial.
Risco da energia acumulada
"Conduzimos uma sequência de passos, aumentando a pressão", disse Jason Crusan, da NASA. "Depois de algum crescimento inicial, o módulo parou de se expandir, ainda que a pressão continuasse a aumentar. Nós induzimos forças superiores às que os nossos modelos previam."
Os astronautas a bordo da Estação farão novas tentativas de enchimento do módulo ao longo dos próximos dias. Caso não tenham sucesso, o módulo terá que ser completamente esvaziado, já que a possibilidade de que ele se infle repentinamente pela alta pressão em seu interior pode representar um risco para a Estação inteira.
"Nós não queremos toda aquela energia no interior do módulo BEAM e então vê-lo reagir [repentinamente]," disse o engenheiro da NASA.
Atualização - 01/06

A NASA parece ter-se dada por satisfeita com o nível de enchimento obtido e, embora não tenha feito nenhum comunicado a respeito, assume agora que o módulo "está totalmente inflado" - ainda que as imagens não mostrem alteração na aparência externa do BEAM, que ainda aparece "murcho". Com isso, os testes de vazamento e entrada no módulo deverão ser conduzidos conforme planejado originalmente. A empresa Bigelow ainda não se pronunciou sobre os novos planos.

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