Uma operação da PF (Polícia Federal) prendeu integrantes da alta cúpula do Conselho Federal de Odontologia, deixando dentistas de todo o País, literalmente, com a boca aberta. Eles são acusados de envolvimento em uma ação criminosa que atuava no desvio de recursos da entidade.
Foram cumpridos cinco mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão. A PF apreendeu 250 mil reais em dinheiro, em diversos endereços, além de seis carros de luxo.
As investigações, iniciadas há cerca de um ano, indicaram que esses profissionais da diretoria da entidade recebiam diárias indevidas, restituições de despesas inadequadas, assim como verbas indenizatórias em valores substanciais, sem comprovação dos documentos. Alguns contratos são investigados por haver indícios de que tenham sido superfaturados.
O chefe da delegacia de Combate à Corrupção e Crimes Financeiros da Polícia Federal no Rio, delegado Tácio Muzzi, disse que estão sendo investigados os crimes de peculato, corrupção ativa e passiva e de lavagem de dinheiro. Segundo Muzzi, estima-se que existam despesas e contratos irregulares com indícios de superfaturamento que podem ultrapassar 35 milhões de reais.
A primeira denúncia, em 2012, foi feita por um ex-funcionário e um ex-prestador de serviços do conselho. Eles disseram que havia desvio de recursos por meio de notas frias, mas a investigação não avançou muito. Em 2014, três ex-conselheiros formularam nova representação reiterando as denúncias de pagamentos de diárias fictícias, que chamavam de “farras”, e que esse valor chegava a 1 milhão de reais.
No fim do ano passado, o TCU (Tribunal de Contas da União) fez uma auditoria nas contas do conselho. De acordo com o secretário de Controle Externo da Saúde do TCU, Marcelo Chaves, a auditoria verificou “indícios de desvio de recursos por meio de pagamento de notas frias”.
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