Policiais federais que atuam na operação Lava Jato, cujo centro das investigações é em Curitiba, tiveram que alterar o roteiro previamente definido para a escolta de um dos detidos para evitar a possibilidade de um atentado. A PF não divulga a identificação do preso que estava sob escolta e nem os detalhes da ameaça, detectada durante o trajeto do comboio.
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A revelação deste episódio e de outros detalhes de bastidores sobre a operação ocorreu na manhã desta terça-feira (21) durante uma palestra direcionada a jornalistas na sede da superintendência da Policia Federal em Curitiba. Policiais do Núcleo de Operações da PF explicaram detalhes da atuação do setor -- responsável pela escolta de presos, controle de distúrbios civis e segurança de autoridades.
O policial Celso Secolo, um dos palestrantes, contou que os deslocamentos com os detidos na operação são definidos com roteiros múltiplos. Somente no momento da partida do comboio é que é anunciado o trajeto que será percorrido. Em alguns casos, parte do trajeto é acompanhada por "snipers" (atiradores de elite) posicionados em edifícios ao longo da rota. Todas as precauções visam resguardar a segurança da pessoa que está sendo transportada e a complexidade do aparato de segurança é analisada com base nas informações do perfil da pessoa detida. "Em alguns casos, no âmbito desta operação [Laja Jato] a escolta é realizada para verdadeiros 'arquivos vivos' e a nossa responsabilidade e a preservação da integridade desta pessoa", disse Newton Ishi, chefe do Núcleo de Operações da PF em Curitiba.
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