sábado, 10 de janeiro de 2015

CADEIA É POUCO PARA DILMA E LULA.

DILMA TINHA RAZÂO: Não
ficará Pedra sobre Pedra

Magistrados e
investigadores norte-americanos já calculam que a Petrobras
corre o risco de levar uma multa próxima de US$ 5 bilhões, caso seja
condenada com base no Foreign Corrupt Practices

Act - Lei
contra Atos de Corrupção no Exterior (FCPA, na sigla em inglês.

Caso a condenação se efetive, e o valor não seja pago, a
empresa fica sumariamente afastada do acordo de globalização corporativa
e impedida de negociar ADRS na Bolsa de Nova York.

Se
tal condenação for imposta nos EUA, investidores
"minoritários" promoverão enxurradas de ações judiciais pedindo
ressarcimento de prejuízos.

Multas pesadíssimas também podem ser aplicadas, em caso
de condenação, aos dirigentes da empresa. Condenados criminalmente
lá fora, ficam passíveis de prisão se deixarem o
território brasileiro. Integrantes da informal "Associação de
Juízes Anticorrupção" esperam convencer especialistas norte-americanos
que

existe a
possibilidade concreta de o Conselho de Administração da Petrobras, do
qual fazia parte a presidente
Dilma Rousseff, e do Conselho Fiscal, também serem incriminados nos EUA, junto
com o
corpo de executivos da Petrobras.

Esta é a
grande dúvida dos processos civis e criminais tocados com apoio do
Departamento de Justiça dos EUA contra a Petrobras.

Ontem, por força legal e de mercado, a Petrobras foi obrigada a
informar ter recebido, no dia 21, uma notificação da Securities and
Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais

norte-americano,
requerendo documentos sobre a operação Lava-Jato.

A estatal de
economia mista garantiu que eles serão enviados após o trabalho com o
escritório nacional Trench, Rossi e Watanabe Advogados e com o americano
Gibson, Dunn & Crutcher, já contratados
para fazer
investigação interna independente.
Conforme o Alerta Total revelou ontem, na recente conversa
com altos diplomatas dos EUA com Dilma Rousseff, durante o G-20
na Austrália, a Presidenta brasileira foi advertida de que a
situação era delicada, porque a Petrobras era alvo de investigações
pelo departamento de Justiça e da Securities and Exchange Commission -
a SEC.
Os norte-americanos reclamam, sobretudo, da "falta de
humildade" de Dilma para tratar do assunto que envolve diretamente o
nome dela, já que foi presidente do Conselho de Administração
da Petrobras na gestão Lula da Silva. Dilma e outros membros
dos Conselhos de Administração e Fiscal correm risco de processo.
Mesmo risco das empresas de auditoria
PriceWatherhouseCoopers e KPMG Auditores Independentes que assinaram
balanços da estatal, sem qualquer ressalva, durante o período investigado
pela Lava Jato - e
agora, também,
pelos norte-americanos.
O pavor dos
corruptos brasileiros aumenta porque os investigadores dos EUA prometem
fazer um pente fino em operações de subsidiárias e coligadas.

Um alvo direto é a PFICo (Petrobras International
Finance). A empresa sofreu uma estranha cisão parcial por decisão da
Assembleia Geral da Petrobras, em 16 de dezembro de 2013.
Outro
"target" é a Petrobras Global Finance B. V. uma caixa preta
sediada em Rotterdam, na Holanda. Por causa da Lava Jato,
os investigadores também cuidarão de uma pouco conhecida coligada,
situada em um
paraíso fiscal: a Cayman Cabiúnas Investment
Os norte-americanos têm outros alvos bem definidos. O
principal deles é a compra da refinaria de Pasadena, no Texas.
Investigadores acenam com a forte suspeita de que a empresa tenha sido
adquirida
em uma mera
operação de lavagem de dinheiro.
Também
entram na rigorosa apuração as obras da refinaria de Abreu e Lima (PE) e
do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj).
Nos
EUA, gera condenações a prisão ou multas milionárias o pagamento de
comissão a funcionários públicos para obtenção de vantagens comerciais ou
licenças para construção
Um
magistrado brasileiro, membro da "AJA", ironiza: "A
Presidenta Dilma tem toda razão. Não vai ficar pedra sobre pedra"...

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