As eleições de outubro passado, assim como em anteriores, deixam dúvidas em relação à segurança na apuração das urnas. Alguns eleitores duvidam da veracidade dos resultados e essa desconfiança foi comprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em pesquisa encomendada pelo TSE, 20% dos entrevistados disseram que não confiam no sistema.
Muito além dos desconfiados, a pesquisa mostrou outro dado alaramante. Em todo o Brasil, 28% dos entrevistados alegaram ter presenciado a compra ou venda de votos nas Eleições Gerais 2014. Os Estados do Maranhão e Acre estão no topo da lista, pois 48% dos entrevistados dizem ter testemunhado este crime. Paraná e Distrito Federal estão no fim da lista, com 21%. Mesmo assim um porcentual relevante.
Em meio às campanhas eleitorais do ano passado, grupos de organizações não-governamentais e anti-partidárias divulgaram a ideia de implementar um sistema mais atual, que permita a impressão do voto. O objetivo é conferir com os votos impressos os resultados do sistema eletrônico. Cada eleitor, após votar, receberia a impressão.
Projeto em discussão
A ideia foi adotada pela senadora Ana Amélia (PP-RS). Ela apresentou o Projeto de Lei do Senado (PLS) 406/2014, que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ele determina o acoplamento de mecanismos que permitam a impressão do voto nas urnas eletrônicas. Não necessariamente na totalidade delas, mas em um número suficientes em todos os Estados e Municípios para possibilitar a conferência de resultados.
De acordo com a senadores, a motivação para apresentar o PLS é justamente os “boatos” a respeito de fraudes e a desconfiança dos eleitores, agora comprovada pelo TSE.
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