Panfleto do PT diz que vitória de Serra vai elevar criminalidade
Jornal de sindicalistas cita aumento de chacinas e arrastões; dirigente da CUT afirma que texto se baseia em ‘fato concreto’
27 de outubro de 2012 | 1h 27
Bruno Boghossian, de O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Um jornal do comitê de sindicalistas da campanha de Fernando Haddad (PT) afirma que "o crime organizado se alastrará em São Paulo" se o tucano José Serra (PSDB) for eleito prefeito no domingo. Cem mil exemplares do material foram distribuídos nos últimos dois dias em terminais de ônibus e ruas da cidade, com críticas e denúncias de corrupção em gestões tucanas.
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José Patrício/Estadão
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"Os arrastões, assaltos em shoppings e nas ruas, os furtos de carros, chacinas de jovens e a explosão dos caixas eletrônicos vão aumentar. Também teremos mais mendigos nas ruas. O crime organizado se alastrará em São Paulo", afirma um texto na contracapa do panfleto.
O material também diz que, se Serra for eleito, "as consultas e exames vão continuar demorando até seis meses ou mais". Afirma ainda que "os ônibus, os trens e o metrô continuarão cheios e caóticos todos os dias".
O panfleto de quatro páginas é identificado como Jornal do Comitê de Sindicalistas e tem o CNPJ da campanha de Haddad em seu expediente.
A campanha petista informou, por meio de sua assessoria, que o Comitê dos Sindicalistas é autônomo e editou o jornal de forma independente e pagou a impressão com recursos próprios.
'Doação'. O coordenador do Comitê dos Sindicalistas e presidente da Central Única dos Trabalhadores em São Paulo (CUT-SP), Adi dos Santos Lima, disse que o material foi financiado com doações de pessoas físicas, posteriormente contabilizadas como doações à campanha de Haddad.
O parágrafo sobre violência, segundo Lima, foi redigido a partir de um balanço sobre a política de segurança pública do governo estadual, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB).
Ele citou como justificativa a divulgação, na quinta, do crescimento do índice de homicídios no Estado. Para Lima, a nota não tem tom "terrorista" e representa um "fato concreto". "Achamos que, se não houver mudança, podem continuar acontecendo assassinatos de policiais etc.", afirmou o coordenador do Comitê de Sindicalistas. / COLABOROU BRUNO LUPION
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