Imagine que uma pessoa esteja correndo risco de vida e precise de uma transfusão de sangue, além de atendimento de urgência. Mas acontece de o quarto não estar disponível, ou talvez tenha acontecido um problema com o plano de saúde. Em razão deoverbooking, o quarto ideal pode não estar disponível.
O que fazer? Simples: avalie de acordo com o risco. As vezes pode ser melhor até ser atendido no corredor e depois pensar em processar o plano de saúde.
Enquanto isso, a direita está discutindo se “é melhor impeachment ou cassação”.
Não quero dizer que o site Implicante está tomando esse tipo de posicionamento, mas esse texto “Impeachment ou cassação: entenda as diferenças” parece atender a uma demanda a meu ver equivocada.
Leia:
Que o povo não aguenta mais o governo de Dilma Rousseff, isso é fato. Uns falam em impeachment, outros em cassação, mas… quais seriam as diferenças entre as duas modalidades de afastamento? Aqui vai uma explicação rápida e objetiva:
Impeachment
Decorre de crime de responsabilidade praticado no curso do mandato e quem julga é o Poder Legislativo. Se deputados e senadores votarem em favor disso, Dilma cai e quem assume é Michel Temer. Atualmente, a coisa está no seguinte pé: já foi formulado o pedido e o Presidente da Câmara aceitou. Embora o STF tenha revisto os ritos e a eleição da Comissão Especial de Impeachment, o processo segue em curso na Câmara dos Deputados.
Cassação
Decorre de crime eleitoral e quem julga é o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Nesse caso, toda a chapa é destituída, saindo tanto Dilma quanto Temer e há duas hipóteses (o próprio TSE já consagrou ambas): convoca-se nova eleição ou o segundo colocado assume. A situação atual é a seguinte: já foi movido processo, o tribunal eleitoral aceitou e Dilma e Temer estão apresentando suas defesas. Está tudo bem no princípio e o temor é de que não haja muito tempo hábil para esgotarem todas as fases de julgamento nestes 3 anos restantes.
Importante lembrar, por fim, que a prisão do marqueteiro de Dilma reacendeu os dois debates. De um lado, a cobrança política pela celeridade no impeachment; de outro, e mais diretamente, a vinculação do caso às campanhas eleitorais tocadas pelo publicitário (incluída a de 2014, objeto da ação no TSE).
Em suma, é isso.
E, em suma, as duas alternativas servem. Ambas são justificáveis. Uma questão importante é: em quanto tempo conseguimos? Parece que o impeachment pode ser mais rápido. Logo, precisamos de foco em 13/3.
Não estamos em época de escolher entre essas duas opções, ou o Brasil vai morrer no corredor do hospital.
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