A feminista Nana Soares diz escrever sobre “gênero, violência e sociedade”. Vejamos: seu texto
“O bar Quitandinha e a conta que não fecha” é do gênero “baixaria típica do feminismo”, é uma violência contra o estado de direito e uma negação à sociedade civilizada.
Vamos desconstruir esse monte de lixo:
O bar paulistano Quitandinha foi um dos assuntos mais comentados das redes sociais nas últimas semanas. Para quem não sabe, o estabelecimento foi alvo de denúncias feita por uma estudante durante o carnaval. A cliente Júlia Velo diz que, enquanto esteve no bar, ela e uma amiga foram assediadas por dois homens que também frequentavam o Quitandinha. O que já seria um fato desconfortável, mas que piora porque, segundo Júlia, os funcionários do estabelecimento foram negligentes com a vítimas e apoiaram os assediadores.
Observe bem: “segundo Júlia, foram...”. Por enquanto, nada de provas.
Por enquanto, não há como saber de fato tudo que aconteceu. Mas o que dá para afirmar é que o bar vem dando uma verdadeira aula de machismo e sendo um ótimo exemplo de como a sociedade trata a mulher.
O cheiro da latrina começou forte. Ora, se “não há como saber de fato tudo que aconteceu”, então como ela pode afirmar que o bar dá “aula de machismo”? Que machismo existe em apontar os fatos? E os fatos são claros: não existe uma prova contra o bar. Não importa se a acusação vem da Júlia Velo, ou se vem do Zé das Couves. O que Nana quer dizer é: se alguém se defende de acusação sem provas do Zé das Couves tudo bem, mas se for da Júlia Velo é machismo? Ridículo, ridículo...
Foram necessários três textos de resposta para o Quitandinha finalmente pedir desculpas pelo ocorrido nas redes sociais, o que só aconteceu quando sua imagem já estava seriamente comprometida.
O Quitandinha caiu no jogo e se desculpou quando não deveria, e se a imagem do bar estava seriamente comprometida, este é o problema moral que Nana não percebe – ou finge não perceber. Ninguém precisa se desculpar de algo que não praticou, ou, ao menos, de acusações não provadas. Nana devia se envergonhar de lembrar esse fato...
Desde que a denúncia foi veiculada, o bar negou veementemente o episódio e tentou desacreditar a vítima, chegando ao absurdo de ameaçar processá-la por difamação. Com a intensa repercussão negativa, pediu desculpas pouco convincentes (mas antes tarde do que nunca!).
Putz!
A canalhice assusta. Ela diz “mas antes tarde do que nunca”, em um texto onde ela mesmo reconheceu que Julia Velo não tinha provas. Se Julia não tinha provas, o bar não devia nenhuma desculpa. Se alguém decidir escrever que Nana Bastos foi racista, ela não deve desculpas, mas fazer um desmascaramento. Logo, o Quitantinha só errou ao pedir desculpas, e acertou ao desmascarar uma acusadora que não tinha provas, e está amparado de razão se processá-la por difamação. O mundo civilizado exige isso.
O problema é que uma semana depois o bar divulgou um vídeo com filmagens editadas do dia do evento em questão. O objetivo, segundo as redes sociais do estabelecimento, é fazer com que quem assista possa “discernir e tirar suas próprias conclusões”. Na prática, o vídeo desacredita Júlia e faz seu relato parecer totalmente incoerente e mentiroso.
O vídeo desacredita mesmo e o bar fez muito bem em divulgá-lo. Qualquer pessoa acusada sem provas deveria fazer o mesmo. Se as filmagens são “editadas”, então que Julia leve o caso aos tribunais e mostre sua versão. Mas as contradições dela já são tão claras que ficamos naquela confortável situação: “Julia Velo, cadê suas ações judiciais?”.
Os erros são tantos que fica até difícil de organizar, mas vamos lá:
Vamos ver os erros, então?
Comecemos pelo fato das filmagens estarem editadas e do bar pressupor que cenas editadas farão alguém ‘discernir e tirar suas próprias conclusões’. Não por acaso, chovem pedidos para a liberação do vídeo na íntegra, já que as imagens selecionadas pelo Quitandinha dizem o oposto do relato de Júlia.
O erro é teu, Nana. E olhe que estou sendo bonzinho, pois para mim na verdade é fraude pura, e não erro. Mas vamos tratar como erro.
Se o vídeo é editado, ao menos temos alguma coisa. E dá de 10x0 nas provas de Julia, que são... nada. Agora cabe a Julia levar o caso aos tribunais e contestar. É assim que as coisas funcionam no mundo civilizado.
E bem lembrado: as imagens dizem o oposto do relato de Júlia. Engraçado que após ter confrontado as imagens, ela ficou em silêncio... Cadê o novo textão, Júlia?
Em segundo lugar, façamos a seguinte reflexão: por que motivo uma mulher inventaria um ‘textão-denúncia’ e o divulgaria nas redes bem no meio do feriado do carnaval, a não ser que algo realmente tivesse acontecido? O-QUE-ELA-GANHARIA-COM-ISSO? Júlia Velo não ganhou nem o direito da dúvida, já que tentam desacreditá-la.
Vamos ver.
Julia pode ser uma feminista que aprendeu a mentir para conquistar benefícios. Pode ser sádica. Pode gostar de ver os outros sofrerem. Aliás, tivemos um caso recente onde
um homem inocente foi acusado de estupro, sem ter qualquer culpa. O ser humano é complexo e pode gostar de ver o sofrimento alheio. Ademais, há 2% de psicopatas em nossa sociedade. Sendo assim, os motivos de Julia Velo não importam. O que importa é se ela tem provas ou não...
Em tempo: mesmo que possamos dar o direito de dúvida a Julia Velo, este é o fato inegável: ela acusou sem qualquer tipo de prova.
Logo, outra pergunta também é inevitável: o que o bar ganha com a batalha contra a cliente? Será que ganha público? Porque daqui parece que a reputação do Quitandinha foi para as cucuias. O que o bar ganha ao culpabilizar a vítima e ainda duvidar da palavra de uma frequentadora? Literalmente nada. E por que insiste tanto nessa estratégia? O único vencedor disso é o machismo e a manutenção do status quo de uma sociedade profundamente injusta com as mulheres.
Depende. A reputação do bar pode decair entre esquerdistas, e aumentar entre republicanos. Sabemos de muitas pessoas que agora vão começar ir ao bar. Então, feministas, não cantem vitória antes da hora. Aliás, por que pediram para "fechar o bar" se não tinham nenhuma prova em mãos? Isto mostra que as feministas podem ser sádicas e prejudicar os outros por puro prazer (isso até lembra uma música da antiga banda Zero). Logo, cai o argumento anterior de Nana: "o que Julia Velo ganharia com isso?". Ora, o mesmo que as feministas ganhariam se o bar fechasse: alimentação do sadismo. Além de atendimento a uma agenda política clara e sórdida.
O absurdo é que ela culpa a vítima: um bar que foi acusado sem qualquer prova. E daí, cínica, se recusa a aceitar que o bar esteja se defendendo de uma acusação sem provas: "E por que insiste tanto nessa estratégia?", ela pergunta. Em seguida, lança um espetáculo de vitimismo canalha: "O único vencedor disso é o machismo".
Quanta cretinice...
Qualquer ser humano que sofra uma falsa acusação - ou acusação sem provas - tem o desejo natural de querer se defender. Se o bar Quitandinha nada fizesse contra a acusação não provada, comprovaria covarde e omissão. Expor uma acusadora que não tinha provas, por outro lado, é um dever moral. O que o Bar Quitandinha ganha ao expor alguém que lhe acusou sem provas? Um pouco de honra, no mínimo.
Tudo o que Nana pede é de uma imoralidade apavorante: ela quer que Julia tenha o direito de acusar sem provas, gerar consequências materiais e ainda assim que a vítima das ofensas fique calada? É isso que você está pedindo, Nana? Sim, é. E aí já falamos de psicopatia...
Depois, podemos fazer um exercício e imaginar que o que aconteceu foi exatamente o que a filmagem reproduz, sem nada além do que o que foi divulgado. Ainda assim é inegável que aconteceu um assédio, o que já deveria ser inaceitável para os donos do Quitandinha. Mas as imagens também mostram funcionários dando apoio ao agressor e não à vítima, o que reforça que não há desculpa para o que aconteceu aquele dia.
Não, não é inegável que aconteceu um assédio. Houve ali uma interação, e até mesmo a questão do assédio deve ser levada às barras da justiça, e daí sim vamos avaliar. Não cabe ao Quitandinha julgar se houve assédio, mas apenas interagir em favor de seus clientes. Elas poderiam chamar a polícia e pedir para sentar em outro lugar, assim como fazemos no cinema se alguém nos incomoda. A questão do "apoio ao agressor" não faz sentido, pois a própria "agressão" ainda tem que ser provada. Não há desculpa para ela tentar vender a ideia de que qualquer acusação tem que ser levada a frente só porque a Julia a fez...
O bar errou tanto que fez os dois assediadores da fatídica noite ficarem de escanteio. Podendo prestar ajuda à vítima ou, no mínimo, se desculpar e prometer não fazer de novo, o Quitandinha escolheu desacreditar Júlia. Negar repetidamente sua história e não dar o braço a torcer. E sejamos sinceros: se o bar tivesse admitido a culpa desde o começo, a história já teria esfriado e muito de sua imagem institucional teria sido preservada.
Julia ainda não provou que foi "vítima", portanto se há um erro do bar é o de não ter já lançado um processo ante uma acusação sem provas. A questão não é se o bar optou por "desacreditar Júlia", mas sim se a acusação dela é verdadeira ou não, e na ausência de provas a única obrigação moral é desmascará-la. Negar a história é única atitude moral. No mundo fascista idealizado por Nana, uma pessoa tem que ser acusada sem provas e aceitar a acusação. Isto é coisa dos tempos do stalinismo e do hitlerismo, desculpe...
Aliás, isto é de uma chantagem sem igual: "se o bar tivesse admitido a culpa desde o começo, a história já teria esfriado e muito de sua imagem institucional teria sido preservada". Nada disso. O bar teria sido completamente destruído e já teria sido fechado se tivessem aceito a culpa. Aliás, é isso que pessoas sádicas, como muitas das feministas ali, desejariam. A cara de pau de Nana chega ao ponto de ela fazer um "laudo técnico" - hue hue hue - dizendo que se você não aceitar uma acusação sem provas e ficar calado diante do fascismo, será a "melhor opção a tomar". Nana, acha que os outros são idiotas?
Essa negação enfática da violência só pode ser explicada pelo machismo estrutural da sociedade. Justo seria que Júlia fosse ouvida, considerada e que sua denúncia fosse apurada. Caso procedesse, que a prática fosse admitida e combatida. Mas há uma séria recusa em admitir que houve assédio, que isso não deve ser normal ou tolerado e uma recusa maior ainda em pedir desculpas a uma mulher. A admitir que falhamos com ela.
Como sempre, ela engana a patuleia. A negação enfática de uma acusação sem provas - Nana ainda não provou nenhuma "violência" contra Júlia - é a atitude normal de qualquer ser humano diante de uma injustiça. Não há nada de machismo nisso. O dono do bar é filho de uma mulher - novidade, risos - que, como tal, não quer ver seu filho ser acusado sem provas. Por que os sentimentos da mãe do dono do bar são irrelevantes? E os da esposa do dono do bar? Por que só os sentimentos de Júlia importam? Por que os sentimentos das mulheres que se indignaram contra a injustiça de Julia e das feministas não importam?
Repetindo: pedir desculpas diante de falsas acusações é se submeter ao fascismo, tão adorado por Nana. Não importa se Julia é uma mulher. Embusteiros de extrema-esquerda, homens e mulheres, estão sendo contra-atacados quando fazem falsas acusações. E isso é ótimo. Não importa o sexo do fascista. Ele sempre tem que ser desmascarado enquanto acusa sem provas.
Ninguém "falhou" com Júlia, até que ela prove o contrário...
Isso não é exclusivo do Quitandinha, mas não diminui a gravidade do que está acontecendo. Insinuar que uma mulher é louca não traz nada de novo sob o sol, só reitera um tratamento secular. É triste pensar que, como mulher, estou sujeita a todo tipo de violência e pouquíssimo amparo depois que ela acontece. É triste pensar que mesmo nos meus momentos de descontração, tudo pode acontecer. E é por isso que acredito na versão de Júlia: sei que ela tem muito a perder e quase nada a ganhar ao se expor.
A coisa mais grave é ver pessoas defendendo justiçamento - baseados em acusações sem provas contra um bar - em pleno 2016. Nana, endossando Júlia, retorna às eras tribais. Ninguém está insinuando que "uma mulher é louca", mas sim apontando os fatos: Júlia não tem provas de suas alegações. Se tiver, leve à frente. Enquanto isso, não adianta chorar e usar a carta da acusação cínica de machismo. Se Nana "está sujeita a todo tipo de violência", cabe a ela e os seus aliados a defenderem, e ela deve contar com a as autoridades policiais. Assim como o dono do Quitandinha Bar fez o correto ao se defender de uma violência imperdoável: uma acusação sádica e sem provas feitas pela extrema-esquerda, cada vez mais desonesta e antissocial.
Nana diz que "acredita na versão de Júlia", mas o tiozinho do sítio acredita na versão dele de que o lobisomem apareceu no sítio. O que importa é: tem provas? Ah, não tem? Então, Nana, vá catar coquinho na descida. Os motivos de Júlia são irrelevantes. Ela pode muito bem ser uma psicopata sádica que lançou mão de fanfic para causar barbarismo, como a extrema-esquerda sempre faz. Não é fanfic? Então ela que prove sua história.
Por enquanto, com o vídeo lançado pelo Quitandinha Bar, o jogo virou... E as feministas, sempre desonestas, vão tentar novos truques. É só aguardar e rebater. Como fiz agora com este texto vergonhoso, antissocial e anticivilizacional propagado por Nana, mais uma feminista que "optou por acreditar" em uma acusação sem provas e defendeu o justiçamento, o fato mais imoral de tudo isso.
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