A notícia mais importante e de conteúdo extremamente bombástico passou ao "largo" neste final de semana. O STF, com sua "torta" decisão de fatiar a Lava Jato, chamou para si as atenções do mundo político. Porém, o jornal o Estado de São Paulo, informa que o ex-Presidente Luis Inácio Lula da Silva está sendo espionado, investigado e fustigado pelo Ministério Público Federal. O procedimento nada tem a ver com os desdobramentos da Lava Jato. Lula é alvo de uma minuciosa operação que quer saber por onde ele andou, o que fez, o que disse, que negócios fechou, quem pagou suas viagens e quanto ganhou, usando o nome do Brasil e sua posição de ex-Presidente. O MPF QUER SABER SE LULA, SE VALENDO DA SUA CONDIÇÃO DE EX-PRESIDENTE, "TRAFICOU" INFLUÊNCIAS JUNTO A MANDATÁRIOS, AMIGOS SEUS, TERCEIRO-MUNDISTAS.
O que já está provado é que um número ainda desconhecido de negócios, estranhíssimos no campo moral, político e técnico, chancelados como "secretos" pelo governo brasileiro, foram arquitetados, desenvolvidos e concluídos sob a "batuta" do ex-Presidente Lula. Obras realizadas, ao menos em tese, por grandes empreiteiras que eram representadas por Lula, receberam financiamento subsidiado do BNDES, com taxas de juro muito abaixo do mercado internacional. O exemplo maior foi o financiamento concedido ao governo cubano, para a construção de Mariel.
Lula corre contra o tempo. Se confirmadas as suspeitas do Ministério Público Federal de que o ex-Presidente "operou" em nome próprio, o fato já é suficiente para que seja indiciado criminalmente, julgado e condenado por crime de "lesa pátria".
Leia a matéria completa que foi publicada pelo jornal o Estado de São Paulo.
Com o governo Dilma Rousseff ladeira abaixo, empurrado pela repercussão da Operação Lava Jato e pela economia em queda livre, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, no final de agosto, que estava de volta à lida. "Voltei a voar", disse Lula. Mas, na verdade, o ex-presidente jamais "desembarcou" de sua atuação política e de vendedor de suas ideias sobre o país.
Os detalhes dessa sua intensa agenda de viagens nacionais e internacionais nos últimos anos estão em fase final de coleta de informações na investigação sigilosa que ocorre no Núcleo de Combate à Corrupção (NCC) do Ministério Público Federal do Distrito Federal.
Enquanto Lula abre suas asas sobre o País, o MPF-DF ajusta o radar exatamente na direção dele. Os procuradores querem saber quem paga a conta do sobrevoo continental do ex-presidente e suas consequências.
Levantamento do Instituto Lula aponta que, de 2011 a 2014, ele não economizou tempo e presença visitando boa parte do Planeta. A maratona aérea teve 174 reuniões nas quais Lula se encontrou com 107 chefes de Estado, autoridades, empresários e dirigentes de organismos multilaterais e organizações sociais, 63 deles no Brasil e 111 no exterior.
Neste período, Lula amealhou 28 títulos e tem uma lista de mais 65 outorgados a receber. Contando a despesa com passagens aéreas somente de 2013, 2014 e 2015, o ex-presidente gastou, a preços de classe econômica, cotados nesta semana em empresas aéreas, cerca de US$ 38 mil - o que chega a cerca de R$ 152 mil.
Em ofício de maio, a procuradora do NCC Mirella de Aguiar, que está afastada por licença maternidade, assinou pedido de apuração da movimentação de Lula pelo mundo para "aferir-se se encontram adequação típica no ordenamento jurídico nacional, caso em que poderá ser instaurada ou requisitada investigação". A procuradora substituta indicada, Anna Carolina Resende Maia Garcia, porém, não pretende assumir a tarefa tão cedo e permanece na Procuradoria-Geral da República trabalhando na equipe do procurador-geral Rodrigo Janot.
O caso das viagens de Lula ganhou peso no Núcleo de Combate à Corrupção em julho quando o procurador Valtan Timbó Martins Furtado, interino no 1º Ofício, fez andar despacho sobre uma Notícia de Fato (NF 3.553/2015) solicitada pelo procurador do 4º Ofício, Anselmo Lopes, que recolheu material de imprensa sobre as viagens de Lula e as relações dele com empreiteiras investigadas na Lava Jato. A canetada de Furtado transformou a Notícia de Fato de Lopes em Procedimento de Investigação Criminal (PIC), ato que, segundo o MPF, corresponde a um inquérito na esfera da Polícia Federal.
A investigação quer "elucidar suspeitas" de ligações do ex-presidente com empresas patrocinadoras de viagens e compradoras de palestras. Furtado, que não comenta o processo, já sofreu uma ação movida pelo "investigado". Mas a representação foi arquivada.
O PIC determinou que a DAG Construtora e a Odebrecht expliquem preços de passagens e custos de viagem ao Caribe e à África, assim como entreguem as listas de passageiros desses voos. Pediu ainda ao chefe da Delegacia Especial do Aeroporto Internacional do Distrito Federal, da Polícia Federal, os registros de entrada e saída de Lula e do ex-diretor da Odebrecht Alexandrino de Alencar, assim como dados sobre voos privados (jatinhos). A Odebrecht entregou os dados no dia 22 de agosto. A Líder não comenta o caso, que corre em sigilo a pedido do Instituto Lula, do BNDES e do Itamaraty. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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