quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Jorrou Petróleo em Nova Olinda (AM) Assim noticiavam os periódicos na manhã de 17 de março de 1955, anunciando para todo o Amazonas que tínhamos um petróleo de excelente qualidade. Através dos jornalistas Phelippe Daou e Almir Diniz ambos mantinha a nossa sociedade informada sobre aquele acontecimento que daria um grande salto no crescimento econômico de nossa região. “O jato de ouro negro” atingiu uma altura de 45 metros, espalhando-se sobre uma grande área – dois minutos de intensa vibração, entusiasmo e alegria na madrugada de domingo, 13 de março – O poço produzirá 30 barris horários ou 700 por dia, com probabilidade de aumento expressivo segundo afirmava o diretor das perfurações, engenheiro José Levindo Carneiro. O governador Plínio Ramos Coelho anunciava da seguinte forma quanto os benefícios regionais que trariam o petróleo de Nova Olinda: “Quanto aos benefícios que adviram para o Amazonas não há o que discutir. A par do aumento duplicado, se não triplicado da cota rodoviária conseqüente do imposto único, o Amazonas poderá inclusive, fazer parte de uma sociedade subsidiária da Petrobrás, isto porque o artigo 40 da Lei nº 2.004, de 30-10-1953, que tivemos a honra de discutir, emendar e aprovar, declara: Ao Estado em cujo território for extraído ou refinado óleo cru, ou explorado gás natural, será assegurado a preferência, com o concurso de seus municípios, para a participação nas sociedades subsidiária destinadas a sua refinação ou distribuição, até o montante de 20% de seu capital. Como consta no Inciso Único – Sempre que o Estado produtor de petróleo ou de gás manifestar o propósito de usar da preferência de que trata este artigo ser-lhe-ão atribuídas ou transferidas pela Petrobrás, nos limites prefixados, as ações que o mesmo se propunha tomar e para cuja a integralização serão previamente estabelecidos os prazos e condições que visão a facilitar a colaboração do Estado, não sacrifiquem, no entanto, os interesses relacionados com a construção e relacionamento com a subsidiária de que o Mesmo deverá participar. Porém, o que as autoridades políticas, jornalísticas e até a população daquele período não esperava era que o laudodos técnicos norte-americanos (relatório Link), mostraria que o nosso petróleo não era viável devido não ser de boa qualidade, levando os engenheiros a tapar o poço com toneladas de concreto. No entanto, o que mais tarde seria revelado a toda sociedade amazonense é que o petróleo que jorrou em Nova Olinda era de excelente qualidade e que o laudo dos técnicos norte-americanos, não passou de uma grande mentira. Por: Jorgemar Monteiro

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