Prefeitura da Capital cogita realizar pagamento em vez de plantar 798 árvores
Avaliação feita no ano passado em trecho da obra de duplicação da Beira-Rio foi descartada
Letícia Costa
Ao receber e examinar o processo administrativo da prefeitura da Capital sobre a duplicação da Avenida Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio), a promotora de Defesa do Meio Ambiente Ana Maria Moreira Marchesan encontrou a indicação de que a compensação pelo corte de cerca de 40 árvores seria feita em dinheiro. Em torno de R$ 40 mil foram avaliados como a quantia a ser paga para não fazer o plantio de 798 árvores.
O corte, que deveria ter um plantio compensatório com mudas, foi realizado no trecho 3 da duplicação, do velódromo até o futuro viaduto da Pinheiro Borda. Por meio do secretário municipal de Gestão, Urbano Schmitt, a prefeitura explica que foram analisadas todas as alternativas previstas na legislação municipal, inclusive o pagamento ao invés do plantio, mas que o prefeito José Fortunati decidiu que todas as compensações ambientais não serão feitas em dinheiro.
A promotora Ana Maria ressalta que o processo não é ilegal e que o pedido de substituição do plantio foi feito pela Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), atual Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb). A decisão teria sido publicada em 2 de agosto de 2012.
— Nós somos contrários a essa prática, pois não ocorre a reparação ecológica. Mas ela pode ser feita quando o plantio compensatório supera 300 mudas — explica.
Envolvida em um inquérito que analisa o polêmico corte de árvores no trecho 4 da duplicação, a promotora afirma que este fato servirá de argumento para exigir mais compensações em plantio de mudas por parte da prefeitura. A retirada de vegetais nas proximidades da Usina do Gasômetro, que foi alvo de protestos, permanece suspensapela Justiça.
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