Economia do governo para pagar juros da dívida cai 41% no 1º trimestre
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Atualizado às 16h37.
O governo central --Tesouro Nacional, Previdência Social e BC (Banco Central)-- economizou R$ 285,7 milhões para pagar os juros da dívida em março, o pior resultado para o mês desde 2010 (quando o governo central teve desempenho negativo de R$ 4,553 bilhões), divulgou nesta segunda-feira (29) o Tesouro.
Essa economia, chamada de superavit, é resultado da soma das receitas menos as despesas no período.
Apenas o Tesouro Nacional registrou superavit, de R$ 5,4 bilhões. A Previdência Social teve deficit de R$ 5,03 bilhões, e o Banco Central, de R$ 83,6 milhões.
No mesmo mês do ano passado, a economia para o pagamento da dívida pública foi R$ 7,640 bilhões --25 vezes mais do que neste ano.
No acumulado do ano, o superavit é de R$ 19,9 bilhões, equivalente a 1,76% do PIB (Produto Interno Bruto). A cifra epresenta uma forte queda em relação ao mesmo período do ano passado, de 33,8 bilhões --3,28% do PIB.
Em fevereiro, as despesas superaram as receitas e, portanto, houve deficit primário de R$ 6,412 bilhões --o pior desempenho para o mês desde o início da série histórica, em 1997.
Em janeiro, por outro lado, a economia do governo foi de R$ 26,1 bilhões, o segundo melhor resultado da história.
ARRECADAÇÃO
Também hoje, a Receita Federal divulgou que a arrecadação federal de impostos totalizouR$ 79,613 bilhões em março, uma queda real --com correção pela inflação-- de 9,32% em relação ao mesmo mês do ano passado, também o pior resultado para o mês desde 2010.
Segundo o governo, o resultado foi ruim devido ao desempenho baixo da produção industrial e das vendas no varejo no início do ano.
REDUÇÃO DA META
Na semana retrasada, regras propostas pela Fazenda e pelo Planejamento desobrigaram o governo federal de garantir a economia projetada para Estados e municípios.
Até então, se o desempenho dos governos regionais ficasse abaixo do previsto, a União teria de compensar a diferença com um aperto adicional em suas contas, assegurando o cumprimento da meta total.
Se todas as antigas e novas brechas legais forem utilizadas, a economia obrigatória das contas federais, estaduais e municipais para pagar a dívida cairá de 3,1% do PIB (Produto Interno Bruto) para o equivalente a 0,9% do PIB.
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