quinta-feira, 14 de março de 2013

+ UM GOLPE POLÍTICO ELEITORAL DO PT (DILMA)


De dez produtos desonerados na cesta, 7 tiveram queda de preço

Pesquisa do Procon/SP e Dieese mostra que as reduções de valor estão abaixo dos 9,25% anunciados; custo médio total da cesta, contudo, subiu 0,55%

14 de março de 2013 | 17h 21
Agência Estado
Texto atualizado às 21h25
SÃO PAULO - A primeira pesquisa do custo da cesta básica feita pela Fundação Procon de São Paulo em parceria com o Dieese depois de o governo ter cortado o PIS/Cofins de oito produtos de consumo básico – carnes, café, óleo, manteiga, açúcar, papel higiênico, creme dental e sabonete– mostra que houve um pequeno recuo de preços para a maioria dos itens. Mas o corte está abaixo do pretendido pelo governo, de 9,25%.
Entre os dias 7 de março, véspera do anúncio da desoneração, e esta quinta-feira, de dez itens incluídos na lista de desonerações, sete registraram queda nos preços médios, enquanto dois tiveram alta e apenas um ficou estável.
No entanto, a pesquisa, de grande abrangência porque levanta preços médios de 31 produtos da cesta básica, entre alimentos e itens de higiene e limpeza, em 70 supermercados da capital paulista, mostra que na última semana o custo médio total da cesta básica subiu. Era de R$ 384,58 na quinta-feira da semana passada e nesta quinta estava em R$ 386,71. Foi uma elevação de 0,55% em apenas uma semana.
A margarina liderou o ranking de queda, com retração de 2,19%, seguido pelo café (-1,35%). Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Abic, que reúne as torrefadoras de café, diz que o preço médio deve recuar cerca de 4%, porcentual distante dos 9,25% divulgados pelo governo e também do resultado obtido na pesquisa da cesta básica da última semana. O motivo dessa divergência, segundo ele, ocorre porque o café tinha PIS/Cofins presumido. Isto é, a torrefadora ao comprar o grão verde era creditada em 7,4% de imposto. Quando vendia o café torrado, pagava 9,25%, abatido do crédito de imposto. Agora, como a Medida Provisória da desoneração acabou com o imposto presumido, o setor entende que deve reduzir o preço proporcionalmente ao imposto que pagava anteriormente.
A história se repete no caso das carnes bovinas, suínas e das aves, que tiveram, até agora, reduções de preços muito pequenas. Técnicos do Ministério da Fazenda e da Receita têm se reunidos com os setores para resolver os problemas advindos da nova fórmula de tributação.
A pesquisa da Fundação Procon/SP mostra que dois itens do total de desonerados na semana passada tiveram elevação de preços: o açúcar refinado, que ficou 2,59% mais caro na última semana, e o creme dental (0,70%). Procurada a União da Indústria da Cana-de-Açúcar informou ontem não tinha porta-voz para comentar a elevação de preço.
Já João Carlos Basílio, presidente da Abihpec, que reúne a indústria higiene pessoal, atribui a alta do preço do creme dental e a estabilidade do preço médio do sabonete aos reajustes feitos pela indústria no começo do ano, que variaram entre 5% e 7%. "As reduções de preços ainda vão acontecer", diz ele. No caso do sabonete, diz Basílio, a queda de preço deve ser menor do que a do creme dental porque o setor também tinha crédito presumido do sebo.
O ESTADO DE SÃO PAULO

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