Custo da viagem de Dilma à Itália é 'falta de assunto', diz ministro
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DE BRASÍLIA
Integrante da comitiva presidencial que esteve no Vaticano para a missa inaugural do papa Francisco, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) minimizou os gastos da viagem, que consumiram 125,9 mil euros (R$ 324 mil) apenas com hospedagem.
Para o ministro, os gastos da viagem não deveriam ser a pauta principal, mas sim os resultados que o encontro da presidente Dilma Rousseff com o papa Francisco vão trazer para o país.
Por meio da assessoria, Carvalho disse não entender os motivos das críticas em relação os custos da viagem. "A exploração desse assunto só pode ser atribuída à falta de percepção para assuntos mais importantes. Uma informação relevante, por exemplo, é que a presidenta foi a primeira Chefe de Estado a ser recebida pelo Papa após a sua posse", disse nesta quinta-feira (21), de acordo com a assessoria da Secretaria-Geral da Presidência.
Além de Carvalho, outros quatro ministros acompanharam Dilma na viagem: Helena Chagas (Secretaria de Comunicação), Aloízio Mercadante (Educação) e Antonio Patriota (Relações Exteriores). Além do hotel pago pelo Itamaraty e assento no avião da Força Aérea, ministros convidados pela Presidência têm direito a receber 70% da diária internacional que varia de acordo com o país. No caso de viagens à Itália, o valor da diária para autoridades é de US$ 460.
Responsável por pagar as despesas com hospedagem e diárias para alimentação e transporte da comitiva presidencial em viagens internacionais, o Itamaraty divulgou que "o valor total do pacote de hospedagem e salas de apoio e reunião foi de 125,99 mil euros".
O Itamaraty, contudo, não informou quantas pessoas faziam parte da equipe técnica e de apoio, o número de quartos reservados nem o valor do gasto total da viagem presidencial à Itália entre 16 e 20 de março.
Além do valor pago com hospedagem, divulgou que "profissionais de segurança, cerimonial, saúde, tradução, comunicação, diplomatas, entre outros" também acompanharam a presidente, como é usual em viagens internacionais. Esclareceu ainda que a comitiva e a equipe técnica foram hospedadas no hotel Westin Excelsior e a equipe de apoio hospedou-se no hotel Parco dei Principi.
Para Carvalho, é "preciso considerar que a presidenta é uma chefe de Estado, e que a ausência de embaixador na Embaixada [de Roma], entre outros fatores, fez com que o Itamaraty optasse pela hospedagem em um hotel". Segundo o ministro, Dilma sempre se hospeda em hotéis em outras viagens.
Segundo Carvalho, "o que deve ser ressaltado é a importância da participação brasileira na missa inaugural e o que isso representa para o Brasil", porque o papa e Dilma conversaram sobre a atenção aos mais pobres. "Os gastos da viagem não deveriam ser a pauta principal da viagem à Roma, mas sim os resultados que a ida da presidenta irá trazer para o Brasil", disse o ministro, por meio da assessoria de imprensa.
A FOLHA DE SÃO PAULO
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