Quando vários órgãos de extrema esquerda decidiram - em revoada - fazer o que chamaram "fact checking" enquanto adotavam um mesmo discurso tudo já ficava claro: era mais uma instância do modelo adotado pelo Ministério da Verdade, da obra "1984", de Orwell. O Ministério da Verdade servia, ao contrário de seu nome, para falsificar a realidade.
Um desses órgãos de censura (a Agência Pública) havia publicado um texto em 13 de junho de 2017 intitulado
"A Venezuela sem fake news". Ou seja, de novo um órgão de extrema esquerda querendo dizer o que é ou não "fake news".
O texto traz aquele típico jogo da falsa visão imparcial - querendo avaliar as coisas "pelos dois lados" - mas, como em todos os truques de simulação de falsa imparcialidade, eles entregam o seu lado: o da ditadura chavista.
O momento mais cômico é quando eles dizem que "tudo o que acontece na Venezuela é cercado de desinformação e enevoado pelas fake news espalhadas por apoiadores do governo e da oposição. Na política venezuelana, tudo é espetáculo. Por isso, esqueça muito do que você leu por aí: a Venezuela não está vivendo uma catástrofe humanitária pela falta generalizada de alimentos; o governo de Nicolás Maduro não vai cair amanhã; a polícia nacional não está massacrando manifestantes a rodo nas ruas."
Isso é o que eles disseram em 13 de junho de 2017. Anote bem.
Agora, depois deles nos garantirem - sem "fake news", alegam - que "estava tudo bem e não havia massacres contra o povo" a contabilidade de mortos ultrapassou uma centena. Após a votação da Constituinte, Maduro já mandou prender seus opositores Antonio Ledezma e Leopoldo Lopez. Para poder matar mais fácil, uma ditadura sempre contará com o apoio dos órgãos que falsificam a realidade.
Em tempo: a família do opositor Antonio Ledezma está desesperada depois que ele foi sequestrado pelas tropas de Maduro. Só falta a Agência Pública dizer que esse sequestro também é "fake news".
Está aí o serviço das agências de censura da extrema esquerda: falsificar a realidade para ajudar ditaduras. Depois disso, vale confiar nessas agências de "fact checking" da extrema esquerda?
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