É claro que Geraldo Alckmin obteve um resultado significativo quando venceu a última eleição para governador de SP. Da mesma forma, é inegável que ele tem muito capital político, aliados e uma base forte.
Porém, nada disso se converte em potencial para os grandes embates políticos em esfera nacional. Por isso mesmo ele sofreu uma imperdoável derrota para Lula em 2006, mesmo que seu adversário estivesse sob o escândalo do Mensalão. Alckmin perdeu aquela eleição por apanhar calado de um petista que só bateu do início ao fim. E se a guerra política diz que o agressor geralmente prevalece...
E chegamos a 2017 e vemos todos os dias Alckmin sendo apontado como "o candidato do PSDB", com chances de tirar a possibilidade de Doria concorrer.
Mas de acordo com o que diz a consultoria Eurasia, Alckmin entraria na disputa presidencial apenas para perder uma vez. A consultoria o define como “Hillary Clinton do Brasil“. Ele seria visto pelos eleitores como um político tradicional em uma eleição definida pela oposição ao “establishment”.
A matéria do JornaLivre ainda diz: "Nesse cenário de recusa aos políticos tradicionais, os candidatos anti-reforma podem ser mais competitivos. Já sobre Lula, a Eurasia afirma ser improvável que o petista possa concorrer devido a questões legais e também por enfrentar altas taxas de rejeição."
Em resumo, Doria seria esse nome anti-establishment.
A Eurasia traçou três cenários para as eleições e qual seria o melhor para as reformas econômicas. O pior cenário seria Alckmin concorrer e o prefeito de São Paulo ficar de fora, enquanto o melhor cenário para o mercado seria Doria concorrer pelo PSDB e Lula disputar pelo PT.
Como este blog vem avisando há tempos, Alckmin precisa decidir o que quer da vida: querer ficar olhando a política como nos tempos românticos pode se converter uma disputa fracassada por 2018 que seria considerada ainda mais imperdoável que a derrota de 2006.
Se for para dar uma cavalo de pau na postura - e começar a pensar em guerra política na mesma escala em que fazem os petistas -, até aí tudo bem. Mas se for entrar no jogo para ser apenas a "Hillary do Brasil", melhor pensar em concorrer para Senador.
Vamos que vamos.
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