A organização petista Jornalistas Livres faz um forte ataque ao juiz Sérgio Moro, dizendo que ele autorizou a produção de documento falso, bem como a abertura de uma conta secreta para um agente da polícia americana.
O texto, de Gustavo Aranda, diz que "o Juiz Sérgio Moro determinou em 2007 a criação de RG e CPF falsos e a abertura de uma conta bancária secreta para uso de um agente policial norte-americano, em investigação conjunta com a Polícia Federal do Brasil. No decorrer da operação, um brasileiro investigado nos EUA chegou a fazer uma remessa ilegal de US$ 100 mil para a conta falsa aberta no Banco do Brasil, induzido pelo agente estrangeiro infiltrado".
As informações constariam nos autos do processo nº. 2007.70.00.011914-0 e que correu sob a fiscalização do Tribunal Regional Federal da 4ª Região até 2008, quando a competência da investigação foi transferida para a PF no Rio de Janeiro.
De acordo com a matéria, a PF no Paraná recebeu da Embaixada dos Estados Unidos um ofício informando que as autoridades do Estado da Geórgia estavam investigando um cidadão brasileiro pela prática de remessas ilícitas de dinheiro de lá para o Brasil.A mesma correspondência fazia a proposta por uma investigação conjunta entre os países.
Passados dois meses, a PF requisitou uma “autorização judicial para ação controlada” junto à 2ª Vara Federal de Curitiba, então presidida pelo juiz Sérgio Moro, para realizar uma operação conjunta com autoridades policiais norte-americanas. O pedido solicitava a criação de um CPF falso e uma conta-corrente a ele vinculada no Brasil, a fim de que policiais norte-americanos induzissem um suspeito a remeter ilegalmente US$ 100 mil para o país. Com essa ação, o objetivo era rastrear os caminhos e as contas por onde passaria a quantia. Moro autorizou a solicitação.
No despacho, Moro disse: “Caso se culmine por abrir contas em nome de pessoas não existentes e para tanto por fornecer dados falsos a agentes bancários, que as autoridades policiais não incorrem na prática de crimes, inclusive de falso, pois, um, agem com autorização judicial e, dois, não agem com dolo de cometer crimes, mas com dolo de realizar o necessário para a operação disfarçada e, com isso, combater crimes.”
O que se vê aí é que o PT vai disparar fogo cerrado sobre a única pessoa da Operação Lava Jato que certamente não tem se envolvido em politicagem bizarra. Se uma parte da Lava Jato abandonou o foco para fazer parte dos jogos políticos de Janot (que visa defender o PT), o mesmo não deve ser dito de Moro, cujo trabalho tem sido brilhante. Exatamente por isso é preciso apoiá-lo. Depois desse ataque, os petistas planejam outros.
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