Miniantena para celular e 3G chega em 2013
MARIANNA ARAGÃO
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
De nome estranho, as "femtocells", pequenas antenas que servem para ampliar a cobertura de sinal de celular em ambientes fechados, devem se tornar conhecidas dos usuários brasileiros de telefonia móvel e 3G em 2013.
Depois de anos sendo discutida, a utilização dos equipamentos pode se tornar realidade com a aprovação de um regulamento na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), atualmente em consulta pública.
Cada dispositivo é do tamanho de um roteador de internet wi-fi e se conecta à rede de telefonia móvel e 3G das operadoras por meio de
um acesso de banda larga fixa já existente na casa ou no escritório.
um acesso de banda larga fixa já existente na casa ou no escritório.
Com isso, passa a funcionar como uma miniantena, captando os sinais de dispositivos como smartphones e tablets que estejam naquele ambiente.
"O celular vai 'conversar' com a 'femtocell', em vez de fazer isso com uma antena distante da operadora [as ERBs, Estações Rádio Base]", diz João Carlos Bruder, analista de telecomunicações da consultoria IDC.
OFERTA
A Vivo, que fez um piloto com cem "femtocells" em São Paulo em 2012, diz que se prepara para oferecer o serviço a seus clientes neste ano.
Segundo Leonardo Capdeville, diretor de planejamento e tecnologia da empresa, a miniantena serve como uma alternativa para atender casos específicos de qualidade.
"Não é uma 'bala de prata', que resolverá todos os problemas", afirma.
Em um primeiro momento, diz Capdeville, a companhia disponibilizaria o equipamento para os usuários sem custos, a partir de uma análise da própria operadora sobre a qualidade do sinal a que o cliente tem acesso.
A operadora também poderá oferecer o recurso como um serviço adicional a usuários que desejarem melhorar sua rede doméstica. "Mas esse plano não está totalmente fechado", diz.
A TIM afirmou que estuda uma proposta técnica para o uso dessas células. Claro e Oi não quiseram se pronunciar.
Segundo especialistas, as "femtocells" são uma alternativa para as operadoras desafogarem suas redes, enquanto não conseguem ampliar sua infraestrutura, sobretudo com a instalação de antenas nas cidades.
De acordo com a proposta da Anatel, no Brasil a tecnologia só poderá ser disponibilizada e operada pelas empresas de telefonia. Nos EUA, consumidores podem comprar as "femtocells" e instalá-las em suas casas.
Segundo Juan Anadon, diretor de tecnologia no Brasil da Alcatel-Lucent, há 1 milhão de "femtocells" domésticas em operação no mercado norte-americano.
A FOLHA DE SÃO PAULO
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