quarta-feira, 5 de julho de 2017

Um rebocador magnético para coletar lixo espacial Com informações da ESA

Um rebocador magnético para coletar lixo espacial

Rebocador magnético para coletar lixo espacial
Uma das vantagens do rebocador espacial é que ele não exigiria alterações nos satélites a serem capturados. [Imagem: Philippe Ogaki]
Gari magnético
A Agência Espacial Europeia (ESA) vem investindo há tempos em tecnologias para remoção do lixo espacial.
Entre as várias técnicas investigadas para recuperar os satélites obsoletos ou fazê-los cair de forma controlada estão canhões a laser, redes e arpões.
Agora, a ESA está investindo nas ideias de Emilien Fabacher, da Universidade de Toulouse, na França, que está acrescentando um outro método à lista: um rebocador magnético.
"Com um satélite que se deseja remover de órbita, é muito melhor ficar a uma distância segura, sem precisar entrar em contato direto e arriscar danos tanto para o 'caçador' como para os satélites-alvo," explica Emilien. "Então, a ideia que estou investigando é a aplicação de forças magnéticas para atrair ou repelir o satélite-alvo, deslocando-o da sua órbita ou removendo-o inteiramente."
Rebocador magnético
O rebocador magnético deverá capturar os satélites-alvo se aproveitando das suas bobinas magnéticas de controle (magnetorquers). Esses eletroímãs são usados para ajustar a orientação dos satélites utilizando o campo magnético da Terra.
Uma vantagem é que a técnica poderia ser usado no lixo espacial mais antigo, não exigindo alterações nos satélites a serem capturados.
O forte campo magnético requerido pelo satélite caçador seria gerado usando bobinas supercondutoras.
"Este tipo de influência magnética sem contato funcionaria a partir de cerca de 10 a 15 metros, oferecendo uma precisão de posicionamento dentro de 10 cm com precisão de orientação de 1 a 2 graus," calcula Emilien.
Rebocador magnético para coletar lixo espacial
O conceito também poderá ser utilizado para o voo em formação de naves espaciais. [Imagem: ESA]
Energia e navegação
Um dos grandes desafios para que a técnica se mostre viável será uma capacidade de geração de energia forte o suficiente a bordo do satélite rebocador. Afinal, além da eletricidade normal para funcionamento e comunicação, ele precisaria de energia suficiente para gerar o campo magnético e resfriar as bobinas supercondutoras.
Mas o esforço pode valer a pena, porque a remoção de lixo espacial não seria a única aplicação da técnica.

A mesma atração ou repulsão magnética pode ser usada como um método seguro para a navegação de constelações de satélites - o chamado voo em formação -, de modo a manter estruturas próximas no espaço.

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