Ninguém está exigindo que alguém comemore a morte de Marco Aurélio Garcia, que foi um dos organizadores e fundadores do Foro de São Paulo, criado para organizar a implementação de ditaduras bolivarianas na América Latina.
Em 2007, como assessor do governo Lula, ele ficou tristemente famoso ao ter sido flagrado fazendo um gesto obsceno enquanto assistia a um telejornal, fato pelo qual ficou conhecido como Marco Aurélio "Top-Top" Garcia. Na época, a cena foi captada por uma câmera da Globo no momento em que o Jornal Nacional noticiava a descoberta de um defeito técnico no avião Airbus A320 do acidente do Voo TAM 3054.
O gesto de Marco Aurélio significa que para ele os mortos da tragédia "se ferraram", configurando um dos deboches mais sádicos da história da política.
Mas os horrores da mente macabra de Marco Aurélio não param por aí. Ele ajudou a consolidar a ditadura venezuelana, que já alcançou a marca de 100 vítimas fatais nos últimos meses. Tudo com a bênção do Foro de São Paulo.
Mesmo assim, o chanceler Aloysio Nunes lançou uma nota de pesar. Segue um trecho: "Recebi, com pesar, a notícia da morte do professor Marco Aurélio Garcia. Eu o conheci na nossa mocidade, fomos companheiros de exílio. No magistério, assim como na política, ele agiu com firmeza e coerência na promoção de sua visão do Brasil e do mundo e por isso teve minha estima. Nossos caminhos divergiram. No entanto, mantivemos uma relação cordial e era sempre um prazer renovado, quando o encontrava, desfrutar de sua prosa culta e inteligente".
Como elogiar dessa forma uma pessoa com um passado de tantas crueldades? Como fazer tal homenagem a alguém que riu das vítimas da tragédia do Airbus A320? E, pior, como elogiar tão efusivamente alguém cujos planos foram concretizados na morte de 100 pessoas na Venezuela, pelas mãos do governo Maduro?
Sinto muito, Aloysio, mas você faltou com o respeito pelas vítimas do Foro de São Paulo. Melhor seria ter ficado calado e não emitido nota alguma.
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