Helio Shwartsman tem uma coluna na Folha de SP, e, se mais não fosse, é culto de doer.
Ele resgata hoje o “Cândido e o Otimismo”, de Voltaire, minha leitura de cabeceira, e uma excelente sacanagem, das melhores de que se tem notícia como novela no Ocidente, bagunçando o coreto de Leibniz, um dos mais importantes filósofos de que temos notícia.
Leibniz foi grande, a ele muito devemos, mas pisou na bola com sua teoria de que “tudo vai no melhor dos mundos”, já que Deus foi sábio em equilibrar as tragédias e os belos dias.
E, no entanto, vivemos hoje no Brasil, uma situação parecida.
Nunca, em tempo algum, o Congresso brasileiro, Macunaíma sem nenhum caráter, aprovou, em tão curto tempo, cerca de 7 meses, leis tão necessárias ao país.
Não é à toa que o país corporativista, dos privilégios, dos salários nababescos, dos orçamentos maquiados, do populismo irresponsável, partiu para a violência, está com a faca nos dentes.
E, no entanto, acredito, que tudo isso acontece a partir da lavagem de roupa suja, entre si, que a elite está promovendo, quase que diariamente.
Bem-vindas delações, bem-vinda a entregação geral.
Sem esse bate-boca, essa brigalhada entre Judiciário, Legislativo e Executivo, certamente continuaríamos no “melhor dos mundos”, enquanto o povo permaneceria comendo o pão que o Diabo amassou.
Obs: Voltaire, o grande gênio do Iluminismo, pautou a Revolução francesa, foi um “calhorda”, com suas reflexões eternas.
Vejamos uma; “o que me consola nas mulheres que recusaram a minha corte, é que se não morrerem, vão ficar velhas”.
Voltaire, foi, de fato, um delicioso “calhorda”!...
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