Não está fácil para ninguém. O evento mais famoso do mundo, a Olimpíada, está sofrendo com a pouca adesão na ocupação de lugares em arenas conhecidas. Até mesmo esportes populares, como o basquete, estão vendo o público debandar. A solução do Comitê Olímpico Internacional foi "contratar" ocupa lugares para não passar vergonha ou para esse ser menor. Os ocupa lugares são os próprios voluntários dos jogos, que estão recebendo ingressos para acompanhar a competição. E olha que o Comitê garante de pé junto que 84% dos bilhetes para os jogos foram vendidos. As finais da natação e o vôlei de praia também tem ficado vazias. Como explicar? 
Muita gente comprou ingressos e acabou desistindo dos jogos. O mesmo aconteceu com cambistas, que agora já correm atrás do prejuízo. No início, muitos tentaram vender ingressos pelo dobro do preço, mas a baixa procura tem feito a maioria mudar a estratégia para perder menos dinheiro ou para que haja algum lucro na atividade ilícita. Alguns eventos menos populares, como o rúgbi e o levantamento de peso, não tiveram nem metade do público nas arenas. O comportamento foi de espantar os organizadores dos jogos, acostumados a arenas lotadas. 
O que o COI talvez não tenha calculado é a realidade econômica dos brasileiros. Alguns ingressos chegaram a custar mais de R$ 1 mil no modo oficial. Com a crise que vive o Brasil, tem que ser muito amante do esporte e ter uma boa saúde financeira para fazer esse "investimento". O mesmo ingresso convertido para dólar, por exemplo, custaria menos de 350 dólares. O valor é mais alto do que para frequentar vários dias do parque da Disney, em Orlando, o que mostra que alguém fechou essa conta errada. Enquanto isso, os brasileiros tem assistido tudo pela televisão. 
Eventos como o judô, que sempre trouxeram muitas medalhas ao Brasil, tiveram alta taxa de faltas dos torcedores. A natação com Phelps também. Isso sem falar nas pessoas que sequer conseguiram entrar nos estádios, já que o aumento de segurança foi muito grande.  #Rio2016