Mais uma vez o anúncio da retirada de 520 famílias do interior do Jardim Botânico, no Rio, um espaço de pesquisas da flora brasileira, legado da Coroa portuguesa, e que recebe a visita anual de mais de um milhão de pessoas.
Em editorial recente, 4 de abril, O Globo fez uma correta narrativa. Vejamos alguns trechos:
(...) Alvo de ocupações que derivam da cessão de terras a antigos funcionários, ainda na primeira metade do século passado, não se pode dizer que o Jardim Botânico esteja na lista das áreas desguarnecidas de ações públicas que visam a retomar terrenos subtraídos ilegalmente do patrimônio.
(...) Há três décadas a União tenta reincorporar ao parque uma extensa faixa de solo que descendentes das famílias originalmente beneficiadas insistem em não devolver ao JB. Em vez disso, os imóveis ali construídos foram passando sucessivamente de pai para filho, de tal forma que hoje há 520 famílias morando no parque.
Há mais: têm cobertura política, principalmente na última década do lulopetismo, estão organizados, são violentos, e não será fácil removê-los.
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