O estado do Amazonas está sofrendo muito com as queimadas. A capital amazonense, Manaus, tem muitos locais que estão com neblinas. Isso é causado pela fumaça dos mais de 1.300 pontos de focos de queimadas que foram encontrados no estado, segundo dados do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Em comparação com o ano anterior, a porcentagem subiu em mais de 50%, sendo que, até o momento, o estado já teve mais de 12.000 queimadas. 
"Durante o período mais seco do ano, acontecem com mais facilidade e com isso tem mais possibilidade de que o fogo se espalhe mais rapidamente. A população de Manaus só vai começar a sentir melhorias na respiração no último mês do ano, dezembro, quando vai iniciar a época das chuvas na região'', disse o secretário executivo da ONG WCS (Wildlife Conservation Society), CarlosDurigan.
Uma das maiores causas das queimadas são os desmatamentos. Muitos fazendeiros pedem para que seus funcionários deixem a terra pronta para o plantio. Para que isso seja feito mais rapidamente, eles colocam fogo. Como muitos locais não têm coleta de lixo, a única forma de fazer com que o mesmo não se acumule é queimando.
Essa prática inflige a lei de crime ambiental, sendo o autor de tal ato sujeito a prisão. A Defesa Civil do estado do Amazonas informou que, além da capital, existem mais de 10 outras cidades sofrendo com o mesmo problema.
"Estamos tentando de muitas formas acabar com esses focos, para isso contamos com 30 Bombeiros e mais de 500 brigadistas. Estou ciente que com esse número reduzido, teremos muito trabalho pela frente. Um dos nossos maiores inimigos, é o tempo seco que favorece ainda mais o aparecimento das queimadas", explicou o secretário executivo da Defesa Civil do Amazonas, Coronel Fernando Pires Junior.
O secretário de Estado do Meio Ambiente, Ademir Stroski, disse que o monitoramento está sendo feito utilizando uma sala criada com fundos governamentais. ''Assim como em muitos locais em cidades no interior do Brasil, o fato de queimar o lixo já é uma coisa que vem sendo passada de geração em geração, sabemos que é muito difícil de retirar isso. Atualmente temos que saber que isso prejudica o meio ambiente'', disse um dos chefes da Defesa Civil.