Em cumprimento a mandados de prisão preventiva decretados pela Juiza Cecília Laranja da Fonseca Bonotto, da Vara Criminal de Santiago, a Polícia Civil prendeu três pessoas na manhã desta segunda-feira, 23, suspeitas de envolvimento com formação de quadrilha, receptação, denunciação caluniosa, falsidade ideológica, crime ambiental e fraude processual. Entre os presos, está o advogado Diego Dalenogare Zuliani, o pai do advogado, Lino José Zuliani que é proprietário de uma churrascaria na cidade e Silvano da Silva. O terceiro preso fazia parte da suposta quadrilha que atuava no interior dos municípios de Santiago, São Francisco de Assis e Unistalda, por isso a operação recebeu o nome de Fraude Rural. Estão foragidos Marioneide do Canto Fontoura e Jorge Dileu Werberich de Lima.
De acordo com a delegada de Polícia Débora Durlo Poltosi, que coordenou a investigação e as prisões da operação Fraude Rural, os envolvidos teriam ligação há cerca de cinco anos. Com os fatos apurados na investigação, que durou quase cinco meses, a delegada solicitou as prisões preventivas. Dos cinco mandados, apenas três obtiveram êxito até o momento. Dois suspeitos de participação no esquema estão foragidos.
Débora Durlo Poltosi relatou que o trabalho policial iniciou em julho deste ano, após a Brigada Militar localizar dois tratores furtados de São Francisco de Assis e que estavam escondidos em uma propriedade rural na localidade de Cerro Chato, no interior de Santiago. Além dos tratores, foram apreendidos ainda, durante diligências, um perfurador de solo e uma semeadeira que, segundo a delegada, também eram furtados.
Durante a investigação, a Polícia Civil concluiu que outras duas propriedades rurais, nas localidades de Vila Kraemer, em São Francisco de Assis, e Iguariaçá, em Unistalda, também estavam relacionadas aos suspeitos. Nas propriedades foram constatados vários crimes, entre eles a extração de madeira nativa e fraude em um usucapião com utilização de documentos falsos.
O inquérito, que já possui vários volumes, deve ser encaminhado à Justiça nos próximos dias. Os presos, que já foram encaminhados para o Presídio Estadual de Santiago, ficarão a disposição da Justiça.
Participaram da operação Fraude Rural 16 policiais civis de Santiago e São Francisco de Assis, com emprego de cinco viaturas.
A matéria está originalmente publicada no blog de Rafael Nemitz
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