A ordem de Marcelo Odebrecht a seus advogados está expressa em bilhete escrito à mão por ele próprio, de dentro da prisão, e apreendido pela Polícia Federal na noite de segunda-feira, como informa Fausto Macedo, do Estadão.
O delegado Eduardo Mauat da Silva, que integra a força-tarefa da Lava Jato, informou ao juiz Sérgio Moro que “como de praxe as correspondências dos internos são examinadas por medida de segurança”.
Segundo ele, na manhã de terça-feira, 23, estiveram em seu gabinete os advogados de Odebrecht, Dora Cavalcanti e Rodrigo Sanches Rios, “os quais ponderaram que o verbo ‘destruir’ se referia a uma estratégia processual e não a supressão de provas, destacando que o documento original teria sido levado a São Paulo por outro advogado e que iriam apresentá-lo”.
Os advogados de Marcelo já haviam
alegado que a palavra “sobrepreço”, contida em outro e-mail apontado por Moro como prova, na verdade era um “termo técnico”. Agora querem fazer o mesmo com o verbo “destruir”.
Para a prisão do presidente da maior empreiteira do país, Moro também havia alegado que, solto, ele poderia destruir provas.
Na verdade, Marcelo Odebrecht é pior: ele também pode destruir provas estando preso.
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