Raio é justificativa comum para explicar apagões; relembre episódios
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DE SÃO PAULO
A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta quinta-feira (27), que falhas humanas são responsáveis pelos apagões recentes que atingiram o país. "O dia em que falarem para vocês que é raio, gargalhem", disse ela, em café da manhã com jornalistas.
Foi justamente esse o argumento utilizado por fontes ouvidas pela Folha para explicar o apagão que atingiu 12 Estados no dia 15 de dezembro. Na ocasião, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou que a estrutura da subestação de Itumbiara (GO) está obsoleta e que não teria resistido a uma descarga elétrica.
Em novembro de 2011, um apagão de cinco horas atingiu o Amazonas. A explicação foi, novamente, a de que um raio tinha sido responsável por desligar o sistema.
Em 2009, após o blecaute que deixou 18 Estados sem luz, o ministro de Minas e Energia Edison Lobão atribuiu a pane a circunstâncias climáticas, que causaram interrupção em três linhas de transmissão e desligamento da usina hidrelétrica de Itaipu.
A justificativa foi utilizada também em 2005, quando o norte do Estado do Rio de Janeiro e grande parte do Espírito Santo ficaram sem luz. Na época, no entanto, a próprio Dilma, então ministra de Minas e Energia, apontou falha humana como causa do apagão.
Em 2003, um raio que atingiu duas linhas de transmissão da usina de Jupiá, em Mato Grosso do Sul, teria causado blecaute que afetou 82% da região.
Até incidentes menores, como um blecaute em alguns bairros de Florianópolis (SC), também foram explicados pelo impacto de uma descarga elétrica que, nesse caso, teria atingido a subestação Ilha Norte, da Celesc (Companhia de Energia Elétrica de Santa Catarina).
A FOLHA DE SÃO PAULO
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