sábado, 10 de dezembro de 2016

Telescópio para monitorar lixo espacial começa a ser montado em MG

Telescópio para monitorar lixo espacial começa a ser montado em MG

Telescópio para monitorar lixo espacial começa a ser montado em MG
A instalação do telescópio faz parte de projeto da Agência Espacial Russa para monitorar lixo espacial.[Imagem: Divulgação/LNA]
De olho no lixo
A delegação russa responsável pela montagem do telescópio de monitoramento de detritos espaciais já iniciou a instalação do equipamento no Observatório do Pico dos Dias, em Brazópolis (MG).
A previsão é que o telescópio entre em operação em fevereiro do ano que vem. De acordo com o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), a equipe de 12 profissionais russos já concluiu a instalação da cúpula do telescópio.
Com o novo equipamento, o LNA poderá detectar e monitorar detritos espaciais para criar uma base de dados com a localização e a órbita de objetos que apresentam risco de colisão com satélites artificiais ativos ou, no caso de objetos maiores, com o planeta Terra.
A base de dados servirá de referência para a adoção de medidas para evitar eventuais colisões. Além disso, o LNA colocará as informações astronômicas obtidas pelo telescópio à disposição dos pesquisadores brasileiros.
PanEOS
A instalação do telescópio faz parte do projeto da Agência Espacial Russa (Roscosmos), intitulado PanEOS, sigla em inglês para "Sistema Panorâmico Eletro-óptico de Detecção de Detritos Espaciais.
O projeto prevê a construção e operação de uma rede de instalações desse tipo de telescópio na Rússia e em vários outros pontos do planeta.
Os custos serão pagos pela corporação russa, e o LNA contribuirá com a disponibilização do espaço físico, apoio logístico e a infraestrutura do Observatório do Pico dos Dias, localizado a 1.864 metros de altitude.
Recolher o lixo espacial
Existem vários projetos, em estudos ou em andamento, para tentar lidar diretamente com o lixo espacial, antes que ele provoque estragos. Uma das propostas envolve o lançamento de satélites garis ou microssatélites equipados com motores para arrastar o lixo espacial de volta - como o suíço CleanSpace One.

A NASA está testando a ideia de usar velas solares instaladas nos próprios satélites artificiais a serem lançados no futuro, mas também trabalha no desenvolvimento de raios tratores para eliminar o lixo já existente.

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