Depois de decidir manter o veto do aumento para aposentados e pensionistas do INSS, em sessão do Congresso, no dia de ontem (18), o trecho da mini reforma eleitoral vetado por Dilma Rousseff, que prevê a impressão dos votos, foi reestabelecido pelo legislativo. 
A ideia proposta pelos deputados e senadores, e que havia sido rejeitada, em tese, é para dar mais confiabilidade na apuração dos resultados. A cédula impressa não deve substituir a urna eletrônica, mas sim, complementá-la.
A votação deverá acontecer da mesma forma que acontece hoje, entretanto, após a confirmação na urna eletrônica, uma impressora emitirá um cupom de confirmação dos votos que deverá ser depositado em uma urna. A impressão do voto, permitirá que órgãos fiscalizadores, partidos e a sociedade em geral, faça auditoria dos resultados das eleições, isto é, após o resultado ser confirmado pelas urnas eletrônicas, haverá possibilidade de conferência anual.
Através das redes sociais, senadores comemoraram a vitória:
“O voto impresso significa a consolidação da democracia. O Brasil era o único país em que a urna eletrônica não podia ser contestada. Dilma, esse não é um assunto da presidente, é um assunto do Legislativo. Foi uma vitória do eleitor que poderá ter a certeza de que seu voto será validado e conferido”, disse Ronaldo Caiado (DEM), através de seu Facebook.
“Com a impressão dos votos, daremos ao eleitor a segurança de que seu voto foi computado. Esse é um grande avanço e o governo erra ao transformar isso em uma disputa política. Não apresentamos essa proposta olhando no retrovisor, mas pensando no futuro e na tranquilidade do cidadão que precisa ter a certeza de que seu voto teve valor”, disse Aécio Neves (PSDB), também pelo Facebook.
Na ocasião do veto, a presidente Dilma justificou dizendo que a medida geraria um impacto de 1,8 bilhão de custos adicionais em um momento onde o governo procura fazer cortes para fazer ajustes. Apesar de ser considerada segura, a urna eletrônica, assim como qualquer outro dispositivo eletrônico, é suscetível a erros e ataques de hackers e crackers, portanto, ao que tudo indica, imprimir os votos parece ser uma boa ideia.
O modelo de urna eletrônica utilizado no Brasil é classificado como de primeira geração DRE (Direct Recording Electronic voting machine), onde o voto é apenas eletrônico e sem conferência manual. Na ultima década, vários países como: Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Rússia, Argentina e Paraguai, substituíram o modelo considerado ultrapassado por outros mais avançados, que permitem a realização de auditoria dos votos.