Carnaval foi inventado por um Papa e proibia ovos podres; leia 'Folhinha' de 35 anos atrás
DE SÃO PAULO
O primeiro Carnaval da "Folhinha" foi em fevereiro de 1964. De lá para cá, muitas reportagens sobre a folia estiveram nas páginas do caderno.
Em uma delas, em 1976, a reportagem explicou como surgiu a festa de Carnaval. Sabia que foi um papa quem inventou a data como conhecemos hoje?
Leia abaixo a primeira página do especial de Carnaval da "Folhinha" de 29 de fevereiro de 1976.
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Antigamente, na Calábria, uma região da Itália, as pessoas que ousassem trabalhar nos dias consagrados ao Carnaval eram severamente punidas!
A origem do Carnaval teria sido certas religiosas gregas e romanas: as saturnais, lupercais ou mesmo as bacanais. Mas o carnaval, como nós o conhecemos atualmente, foi criado por iniciativa do Papa Paulo II em 1466.
Foi ele quem fixou um programa carnavalesco que estabelecia o que deveria ser feito em cada dia da chamada semana gorda. A semana do Carnaval recebia esta denominação porque nesta época as pessoas comiam e bebiam com maior abundância preparando-se para o jejum da Semana Santa.
Antes de o Papa Paulo II regulamentar o Carnaval, o da cidade francesa Nice já tivera origem na Idade Média. Em 1294, a festa já era famosa por toda a Europa.
Crônicas deste tempo relatam o uso de fantasias e o interesse despertado na corte do rei Carlos II pela festa de Momo.
Máscaras e fantasias alegravam as ruas e em muitos locais era obrigatório o uso das máscaras.
Para disciplinar a liberalidade do Carnaval, as autoridades criaram algumas leis que chegam a ser pitorescas: decreto do século XVII diz:
"É severamente proibido o lançamento de ovos podres".
A FOLHA DE SÃO PAULO
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