Bomba de calor pode tornar banho mais sustentável
Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/05/2012
Os pesquisadores levaram em conta a média de temperatura ao longo de todo o ano, de modo a equilibrar conforto e economia. [Imagem: Obed Alexander Córdova Lobatón]
Alternativa ao chuveiro elétrico
O chuveiro elétrico é um dos vilões do consumo de energia nas residências brasileiras. Como agravante, o seu uso coincide com os horários de pico da utilização de eletricidade no país.
Mas pode haver alternativas.
Pesquisadores da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp estão desenvolvendo um sistema energético para aquecimento de água para banho que pode substituir os chuveiros elétricos.
A diferença é que o sistema projetado possui ótima eficiência energética, além de ser ecologicamente correto e viável do ponto de vista econômico.
Bomba de calor
A solução veio através das bem conhecidas bombas de calor, que podem ser usadas para aquecer a água do banho.
O sistema foi projetado para ser utilizado especialmente em prédios, onde a aplicação da energia solar se torna inviável devido à falta de espaço nos telhados para comportar a quantidade suficiente de coletores para abastecer todos os moradores.
"A geladeira residencial é um exemplo típico de bomba de calor, só que com efeito inverso ao que buscamos", explica o professor José Ricardo Figueiredo, que coordena o estudo. "O sistema permite a transferência de calor de um espaço mais frio para outro mais aquecido, necessitando apenas de um complemento energético na forma da eletricidade consumida por um compressor."
Viabilidade técnica e econômica
Segundo os cálculos do engenheiro Obed Alexander Córdova Lobatón, a bomba de calor aquece a água pela metade do custo de um chuveiro elétrico.
Enquanto o dispêndio do sistema proposto é de 0,145 R$/kWh (reais por quilowatt/hora), o gasto com o chuveiro elétrico chega a 0,32 R$/kWh.
O inconveniente para a popularização do sistema é o investimento inicial, que é elevado.
Apesar disso, estima-se que uma bomba de calor convencional alcance uma vida útil de 15 anos.
Como o equipamento consome quatro vezes menos energia do que um chuveiro elétrico, o investimento é recuperado com folga.
"A novidade foi tornar o projeto viável não somente tecnicamente, mas também economicamente, para enfrentar o problema da popularização da bomba de calor", avalia o professor José Ricardo.
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