Onze países da União Européia assinaram uma carta em apoio à Suíça depois que a UE, em dezembro, impôs um limite de um ano no acesso a seus mercados pela Bolsa de Valores suíça , revelou a televisão pública SRF.
Limusine com as bandeiras da Suíça e da UE
As relações entre a Suíça e a UE andam estremecidas por causa de questões migratórias e disputas sobre o imposto de empresas. 
(Keystone)
A carta, reproduzida no site da SRF na terça-feira, foi assinada pelos vizinhos da Suíça, Alemanha e Áustria, e pelo Reino Unido, entre outros. A SRF descreve o apoio como "inesperado".
A carta foi enviada à Comissão Europeia.
Em novembro de 2017, os Estados membros da UE decidiram continuar a apoiar a condição de "equivalência" para o mercado de ações suíço por um período ilimitado. Pouco depois, porém, a Comissão Européia, liderada por Jean-Claude Juncker, mudou de curso e limitou o acesso a apenas um ano (e renovável anualmente).
Os signatários argumentam que a reviravolta da Comissão só seria justificada em circunstâncias extraordinárias, o que, segundo eles, não se aplica no caso da Suíça. Os onze Estados-membros disseram que continuarão a apoiar equivalências ilimitadas para o mercado de ações suíço.

Relações estremecidas

As relações entre a Suíça e a UE encontram-se tensionadas nos últimos anos por causa da questão migratória e pelas controvérsias fiscais das empresas, que impediram as negociações sobre como o relacionamento bilateral avançará no futuro. Isso inclui o acesso ao mercado da UE - ou equivalência financeira - para o mercado financeiro suíço na sequência das reformas regulatórias da UE.
De acordo com o artigo da SRF, a decisão da Comissão de limitar o acesso ao mercado de ações é uma forma de pressionar a Suíça para avançar com as negociações para um novo acordo-geral que defina as relações bilaterais.

swissinfo.ch/ets