Estrela tem sete planetas rochosos com muita água
Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/02/2018
Esta ilustração mostra os sete planetas da estrela TRAPPIST-1. A imagem não mostra as órbitas dos planetas em escala, mas destaca a possível aparência, com base em dados reais, das superfícies desses mundos. [Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Exoplanetas rochosos
Pode não ser o exoplaneta potencialmente habitável mais próximo de nós, mas o TRAPPIST-1e é até agora o que é mais parecido com a Terra em termos de tamanho, densidade e a quantidade de radiação que recebe da sua estrela.
E, mais do que isso, ele está bem acompanhado: a pequena estrela TRAPPIST-1 tem sete planetas que estão chamando a atenção dos astrônomos desde que o sistema planetário foi descoberto pelo telescópio que lhe deu o nome (TRAPPIST: Transiting Planets and Planetesimals Small Telescope).
Agora, uma equipe internacional liderada pela Universidade de Berna, na Suíça, reuniu todos os dados já coletados sobre o sistema, usando diversos telescópios, inclusive o ESO e o Hubble, para calcular a massa dos sete planetas.
Com o nível de precisão alcançado, começou a ser possível avaliar a densidade e a composição dos sete planetas, e foi aí que surgiu a principal novidade: todos os sete planetas da estrela TRAPPIST-1 são rochosos como a Terra - e não gasosos como Júpiter ou Saturno - e podem conter até 5% de água. Essa informação é crucial para se avaliar a habitabilidade de um exoplaneta.
Esta ilustração mostra os sete planetas da estrela TRAPPIST-1 em comparação com a Terra, em primeiro plano. [Imagem: ESO/M. Kornmesser]
Planetas aquosos
O 1e é o único da família que é mais denso do que a Terra, e os dados não permitem descartar a existência de água em estado líquido em sua superfície.
Pelo menos cinco dos planetas de menor massa têm uma cobertura de substâncias voláteis - uma atmosfera -, oceanos ou camadas de gelo.
A água pode ser responsável por até 5% de sua massa - para comparação, a água representa apenas 0,02% da massa da Terra. Isto significa que cada um desses planetas pode conter o equivalente a 250 vezes o volume de água de todos os oceanos da Terra, confirmando a suspeita de que a maioria dos exoplanetas classificados como habitáveis podem não ter terra seca.
Bibliografia:
The nature of the TRAPPIST-1 exoplanets
Simon Grimm et al.
Astronomy & Astrophysics
Vol.: In Press
The nature of the TRAPPIST-1 exoplanets
Simon Grimm et al.
Astronomy & Astrophysics
Vol.: In Press
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