Exame atesta idade de fragmento de osso que seria do 'Papai Noel'
O fragmento de um osso que acredita-se ser de São Nicolau, o santo que é inspiração para o Papai Noel, foi examinado em um teste de carbono feito pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Segundo a avaliação, a relíquia data do período em que o santo viveu - acredita-se que ele tenha morrido em 343 d.C.
A instituição afirma que esses foram os primeiros testos feitos com os ossos.
Relíquias de São Nicolau, que morreu na região que hoje é a Turquia, são mantidas na cripta de uma igreja em Bari, na Itália, a partir do século 11.
Por causa da popularidade do santo, outros fragmentos de ossos surgiram em outras localidades - mas suspeita-se da autenticidade desses materiais.
Acredita-se que Nicolau tenha nascido no ano de 270, na então cidade grega de Patara, e viajado para Palestina e Egito antes de voltar e se transformar no bispo de Mira, hoje Demre, na Turquia.
Originário de uma família rica, foi aprisionado durante o reinado do imperador romano Diocleciano, só sendo libertado no reinado do sucessor, Constantino.
Como bispo, ele foi uma figura adorada pelos fiéis e conhecido por suas boas ações.
Nicolau foi imortalizado por várias lendas passadas de geração para geração - uma delas narra a entrega de bolsas de ouro para famílias necessitadas por meio de uma chaminé.
Espalhados pelo mundo
O teste de Oxford analisou um fragmento de pélvis que ficou em uma igreja da França e que atualmente é abrigado pelo padre Dennis O'Neill, do Estado do Illinois, nos Estados Unidos.
O teste de radiocarbono confirmou que o osso data do mesmo período de São Nicolau.
Segundo o professor Tom Higham, de Oxford, o osso analisado é diferente daqueles que geralmente descobre-se mais tarde serem invenções.
"Esse fragmento de osso, ao contrário, indica que nós provavelmente estejamos olhando para os restos de São Nicolau", diz o arqueólogo.
Existem milhares de outros ossos apontados como sendo de São Nicolau, incluindo uma coleção armazenada em uma igreja em Veneza.
Agora os pesquisadores querem usar o teste de DNA para ver quantos ossos realmente são de uma mesma pessoa - e como podem estar conectados ao fragmentado analisado em Oxford.
Eles querem verificar se o osso de parte da pélvis avaliado corresponde àqueles guardados em Bari, cuja coleção não inclui a ossada dessa região do corpo.
Os especialistas não podem, no entanto, assegurar que o osso pertença mesmo a São Nicolau.
"A ciência não é capaz de provar definitivamente que seja (dele), mas pode provar que não é", diz Higham.
Nenhum comentário:
Postar um comentário