Na última terça-feira, 28, o Conselho de Ética acatou uma denúncia feita pelo Partido Verde contra o deputado federalJair Bolsonaro (PSC-RJ). A equipe de jornalismo do 'Jornal Nacional', da TV Globo, se encontrou com o parlamentar e o entrevistou pouco antes do programa ir ao ar.
Para a surpresa de Jair, a emissora decidiu não exibir a entrevista com a sua defesa, resumindo cerca de treze minutos de conversa em 27 segundos no ar. Para se defender, o deputado divulgou na internet um vídeo com a entrevista completa. Enquanto a repórter entrevistava o parlamentar, outra pessoa fazia a filmagem particular para o deputado.

Processos no STF e Conselho de Ética da Câmara

O deputado federal Jair Bolsonaro não só respondeu aos questionamentos feitos pela repórter, como contou com detalhes o que aconteceu e apresentou a sua defesa. No caso que envolve a deputada Maria do Rosário (PT-RS), o parlamentar ressaltou que após o menor de idade, Champinha, estuprar e matar uma jovem e o seu namorado, ele defendia a vítima, já a deputada falava em defesa do criminoso.
Como a deputada não concordava com Jair, acabou o chamando de estuprador e ele imediatamente, para se defender, disse que 'não a estupraria porque ela não merecia'
Quanto ao processo no Conselho de Ética, o parlamentar conta que o PV pediu a sua cassação por ter homenageado o coronel que lutou contra o comunismo no Brasil, Carlos Alberto Ustra no dia da votação do impeachment. Ainda segundo Bolsonaro, o PV fez o pedido de cassação para que o relator do processo pudesse ser um político do PT, seus opositores diretos na Câmara dos Deputados.

Defesa apresentada

Jair está tranquilo quanto aos processos, pois está ciente que possui imunidade parlamentar. O deputado explicou a repórter que o artigo 53 da Constituição Federal confere total imunidade aos senadores e deputados quanto as suas respectivas opiniões, palavras e votos proferidos, não sendo possível que pessoas que exercem um desses cargos sejam punidos cível ou criminalmente por essas questões.

Conversa reveladora

O deputado também falou do caso da deputada Jandira Feghali (PSOL-RJ) que usou uma rede social para insinuar que o senador Aécio Neves estava envolvido com tráfico de drogas.
O senador a denunciou junto ao Supremo que rejeitou a denúncia um dia antes de acatar a denúncia contra Jair. A justificativa do STF para o caso de Jandira é de que ela possui imunidade parlamentar e não pode responder criminal ou civilmente por suas opiniões e palavras em respeito ao artigo 53 da CF. A entrevista completa repercutiu entre internautas, políticos e diversos meios de comunicação, que elogiaram a coragem do parlamentar.