28 de Julho de 2016
Vamos menospiorando até setembro
Por Rodolfo Amstalden
Dilma já está pronta para o impeachment, mas nós ainda não estamos prontos.
Não me entenda mal, eu bem quero.
Quero o quanto antes.
Mas ainda vai tempo para digerir o tal legado.
Junho foi o 15º mês seguido de emprego em queda.
No mesmo junho, selamos a pior arrecadação federal de um primeiro semestre em sete anos.
O pior ficou para trás?
"Ainda não sei” - respondeu o transparente Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita.
Não dá para saber mesmo.
Mas sabe-se outra coisa: o menos pior está aí.
Do ponto de vista econômico (e político), é brutal a diferença entre o “menos pior” e o “definitivamente melhor”.
Tudo muda quando cruzamos o eixo do negativo para o positivo.
As manchetes mudam.
Para o mercado, porém - e para seus investimentos -, o “menos pior” é ainda mais interessante que o “melhor”.
Nenhum momento de investir é tão prazeroso quanto aquele em que passamos a sofrer menos.
Agosto se distrai com Olimpíadas, setembro se aproxima.
Sem menosprezo, vamos menospiorar até lá.
De repente, acordaremos confiantes - devidamente empregados e tributados.
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