Dilma já tirou R$ 1 bilhão da saúde e educação dos municípios, critica Aécio Neves
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, criticou nesta terça-feira (26) a queda de recursos destinados pelo governo da presidente Dilma Rousseff aos municípios brasileiros. Ao discursar na 18º Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o senador afirmou que apenas nos primeiros quatros meses deste ano o governo federal deixou de repassar aos municípios brasileiros R$ 1 bilhão para a saúde e educação e R$ 500 milhões para a área social."Nesses primeiros quatro meses de 2015 foram 1 bilhão de reais a menos em transferências para os municípios, só na saúde e na educação. Na área de políticas sociais, menos 500 milhões de reais. O que é mais triste é que isso vai continuar. E, lamentavelmente, prefeitos que adquiriram máquinas, prefeitos que iniciaram a construção de creches e de escolas terão que interrompê-las, porque a União não terá mais condições de dar a sua contrapartida", afirmou Aécio Neves em entrevista coletiva.
Aécio Neves foi aplaudido pelos prefeitos presentes no evento, organizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Ao falar com os jornalistas, o tucano lamentou a ausência da presidente Dilma Rousseff em um fórum de discussão com a participação de mais de 4 mil gestores municipais.
"Temos hoje uma presidente da República sitiada. Uma presidente da República que não pode sair do palácio do governo a não ser com uma grande escolta. Uma presidente da República que, infelizmente, não pode olhar nos olhos dos brasileiros, e em especial dos prefeitos brasileiros, porque mentiu. Mentiu durante a campanha eleitoral. Apresentou um conjunto de propostas que sabia que não poderia cumprir", disse Aécio Neves.
Ajuste fiscal Para Aécio, os municípios brasileiros estão sendo durante penalizados pelos erros cometidos pelo governo petista na condução da economia brasileira. Ele lembrou que as prefeituras já sofreram queda acentuada de arrecadação em razão da política de desonerações de tributos praticada nos últimos anos e agora são novamente prejudicados pelo corte de investimentos federais e a redução nos repasses necessários aos municípios.
"O governo iludiu os brasileiros, iludiu os municípios que hoje pagam a parte mais dura dessa conta, porque já pagaram no momento do estímulo ao crescimento da economia com as desonerações de impostos que são compartilhados e, agora, o governo, para corrigir os seus equívocos, busca aumentar tributos, penalizando de forma geral todos os brasileiros, em especial os trabalhadores, mas faz nos tributos de apropriação exclusiva da União, que são as contribuições", disse Aécio Neves.
Aécio Neves também voltou a afirmar que o PSDB votará contra o ajuste fiscal proposto pelo governo federal. Na avaliação do partido, as medidas anunciadas não são capazes de devolver aos investidores a confiança perdida na economia brasileira, ao mesmo tempo em que se ancora no corte de direitos trabalhistas e em aumentos de impostos pagos pela população.
"Esse ajuste fiscal é extremamente rudimentar. Ele se escora em dois pilares apenas. Um deles é a supressão de direitos trabalhistas, tudo aquilo que a candidata do PT disse que não faria durante a campanha eleitoral. E o outro: aumento de carga tributária, que não resolverá o problema do Brasil. Enquanto o governo federal não der exemplos na sua própria carne, não reorganizar a máquina pública, não racionalizá-la, não diminuir esse número astronômico de ministérios, de cargos em comissão, que hoje são divididos e distribuídos para que a base vote com o governo, o PSDB se coloca contrário à esse ajuste", afirmou Aécio Neves.
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