Denúncia
Consumidor encontra rato dentro de garrafa de Coca-Cola em Guarujá
Carolina Iglesias
Um animal semelhante a um rato foi encontrado dentro de uma garrafa de 2 litros de Coca-Cola, em Guarujá. O produto foi adquirido pelo pedreiro Rui Charles Rodrigues, de 42 anos, há cerca de um mês, em um estabelecimento de Vicente de Carvalho, pertencente ao lote P230813.
Nesta sexta-feira, o consumidor participou de uma audiência de conciliação com a empresa. Segundo ele, no encontro, realizado na sede do Procon, no Município, o advogado da Coca-Cola convidou a família do pedreiro a conhecer as instalações da fábrica da empresa e ofereceu uma nova embalagem do produto.
Rodrigues conta que, por sorte, a bebida não foi ingerida pelo seu filho de 16 anos. “A embalagem foi comprada pela minha esposa e deixada dentro da geladeira de casa para gelar. Como o líquido é escuro, ela não percebeu a presença do rato dentro da embalagem”, comenta.
Ainda conforme o pedreiro, quando o refrigerante já estava gelado, um dos filhos do casal, que tem 16 anos, pegou a garrafa. Ao despejar parte do líquido em um copo, percebeu a presença de um corpo estranho dentro da embalagem. “Ele nos chamou e constatamos que aquilo dentro da garrafa era um rato. O bicho era pequeno e estava boiando dentro da garrafa”.Nesta sexta-feira, o consumidor participou de uma audiência de conciliação com a empresa. Segundo ele, no encontro, realizado na sede do Procon, no Município, o advogado da Coca-Cola convidou a família do pedreiro a conhecer as instalações da fábrica da empresa e ofereceu uma nova embalagem do produto.
Rodrigues conta que, por sorte, a bebida não foi ingerida pelo seu filho de 16 anos. “A embalagem foi comprada pela minha esposa e deixada dentro da geladeira de casa para gelar. Como o líquido é escuro, ela não percebeu a presença do rato dentro da embalagem”, comenta.
Após constatar a irregularidade, o pedreiro imediatamente fechou a garrafa e apresentou uma queixa no Procon da Cidade. “Fotografamos tudo e trouxemos a embalagem com o bicho aqui para o Procon. Mas a Coca-Cola não deu muita atenção para o nosso problema. Simplesmente falaram que trocariam a embalagem. Isso é um absurdo. Poderia ter prejudicado outras pessoas”, comenta indignado.
De acordo com o diretor do Procon de Guarujá, Alexandre Cardoso, após o caso chegar ao conhecimento da fundação, a empresa e o supermercado onde o refrigerante foi adquirido foram notificados. “Todas as garrafas do mesmo lote foram retiradas, imediatamente, das prateleiras, a fim de preservarmos a saúde de outros consumidores”, explica.
O caso também foi oficiado ao Ministério Público e à Vigilância Sanitária. “Esta foi a primeira vez que recebemos uma denúncia nesse sentido. Estamos preocupados e acompanharemos de perto este caso para não colocar em risco a saúde de nenhum consumidor”.
Garrafa retornável também estava contaminada
Um outro caso, também em Guarujá, envolveu a funcionária pública Alessandra Rodrigues, de 42 anos. Depois de comprar uma garrafa retornável, ela encontrou no produto algo semelhante a limo. Alessandra disse que comprou a garrafa há cerca de um mês.
“Eu sempre costumo comprar garrafas retornáveis. No dia, comprei duas embalagens. Uma delas consumi com o meu marido e o meu filho. Não verificamos nenhum gosto estranho, mas sentimos um desconforto estomacal após a ingestão. Já a segunda, comprada no mesmo estabelecimento, verifiquei, enquanto fazia a sua higienização, que estava estranha. Dentro dela notei um limo e, por isso, entrei em contato com o SAC da Coca-Cola”, comenta.
Imediatamente ela entrou em contato com a empresa, que pediu para que aguardasse contato em 24 horas. Como isso não aconteceu, a consumidora decidiu acionar o Procon de Guarujá há cerca de duas semanas.
Hoje, Alessandra compareceu novamente ao Procon. “Na audiência do seo Rui, falei com o advogado da empresa, que foi rude e até sarcástico. Futuramente haverá uma análise do material, mas achei uma falta de respeito da marca conosco. Somos os consumidores que dão lucro pra eles e fomos tratados com descaso”.
Segundo o Procon, assim como no primeiro caso, o material foi encaminhado para análise no Instituto Adolfo Lutz. Os resultados dos exames ainda são aguardados.
Em casos como estes, o diretor do Procon orienta os consumidores a acionarem a empresa por meio do SAC e levar a reclamação ao conhecimento do órgão e da Vigilância Sanitária. “O Procon vai esperar os laudos destas análises e continuará acompanhando o caso”.
Resposta
Em nota, a FEMSA Brasil, que representa a Coca Cola, informa que ''segue os mais rigorosos padrões de qualidade, segurança e integridade na fabricação das bebidas. As linhas de produção das fábricas da companhia possuem uma série de procedimentos de inspeção, com equipamentos eletrônicos que asseguram a qualidade das bebidas''.
Sobre os casos relatados pelos consumidores, o comunicado diz que ''não há registro no SAC da empresa. Hoje, durante encontro entre as partes no Procon, a companhia ofereceu a troca do produto por mera liberalidade, já que não teve oportunidade de realizar a análise técnica do produto, que está aberto. A medida não foi aceita, ficando prejudicada qualquer avaliação detalhada sobre o fato narrado''.
E a nota conclui dizendo que ''a FEMSA Brasil reafirma seu compromisso com a qualidade e com o bem estar de seus consumidores, estando sempre à disposição para substituir os produtos, nas hipóteses determinadas pelo Código de Defesa do Consumidor, colocando-se à disposição para atendimento pelo 0800 0212121''.
Sobre o segundo caso, a empresa não se manifestou.
Problemas de locomoção
O medo de encontrar restos de animais – em especial, ratos – em garrafas do produto se deve à denúncia, feita por um relojoeiro paulista, de que teria sofrido problemas de locomoção e fala após ingerir uma garrafa na qual haveria um rato morto.
O caso ocorreu em dezembro de 2000, mas apenas recentemente se espalhou nas redes sociais, após ser mostrado em uma reportagem de TV.
Desde então, a Coca-Cola tem procurado reverter a má impressão deixada a parte dos consumidores. No mês passado, em comunicado, declarou que “nossos protocolos de controle de qualidade e higiene tornam impossível que um roedor entre em uma garrafa em nossas instalações fabris”.
“Lamentamos o estado de saúde do consumidor, mas reiteramos que o fato alegado não tem fundamento e é totalmente equivocada a associação entre o consumo do produto e o seu estado de saúde”, afirmou.
Um outro caso, também em Guarujá, envolveu a funcionária pública Alessandra Rodrigues, de 42 anos. Depois de comprar uma garrafa retornável, ela encontrou no produto algo semelhante a limo. Alessandra disse que comprou a garrafa há cerca de um mês.
“Eu sempre costumo comprar garrafas retornáveis. No dia, comprei duas embalagens. Uma delas consumi com o meu marido e o meu filho. Não verificamos nenhum gosto estranho, mas sentimos um desconforto estomacal após a ingestão. Já a segunda, comprada no mesmo estabelecimento, verifiquei, enquanto fazia a sua higienização, que estava estranha. Dentro dela notei um limo e, por isso, entrei em contato com o SAC da Coca-Cola”, comenta.
Imediatamente ela entrou em contato com a empresa, que pediu para que aguardasse contato em 24 horas. Como isso não aconteceu, a consumidora decidiu acionar o Procon de Guarujá há cerca de duas semanas.
Hoje, Alessandra compareceu novamente ao Procon. “Na audiência do seo Rui, falei com o advogado da empresa, que foi rude e até sarcástico. Futuramente haverá uma análise do material, mas achei uma falta de respeito da marca conosco. Somos os consumidores que dão lucro pra eles e fomos tratados com descaso”.
Segundo o Procon, assim como no primeiro caso, o material foi encaminhado para análise no Instituto Adolfo Lutz. Os resultados dos exames ainda são aguardados.
Em casos como estes, o diretor do Procon orienta os consumidores a acionarem a empresa por meio do SAC e levar a reclamação ao conhecimento do órgão e da Vigilância Sanitária. “O Procon vai esperar os laudos destas análises e continuará acompanhando o caso”.
Resposta
Em nota, a FEMSA Brasil, que representa a Coca Cola, informa que ''segue os mais rigorosos padrões de qualidade, segurança e integridade na fabricação das bebidas. As linhas de produção das fábricas da companhia possuem uma série de procedimentos de inspeção, com equipamentos eletrônicos que asseguram a qualidade das bebidas''.
Sobre os casos relatados pelos consumidores, o comunicado diz que ''não há registro no SAC da empresa. Hoje, durante encontro entre as partes no Procon, a companhia ofereceu a troca do produto por mera liberalidade, já que não teve oportunidade de realizar a análise técnica do produto, que está aberto. A medida não foi aceita, ficando prejudicada qualquer avaliação detalhada sobre o fato narrado''.
E a nota conclui dizendo que ''a FEMSA Brasil reafirma seu compromisso com a qualidade e com o bem estar de seus consumidores, estando sempre à disposição para substituir os produtos, nas hipóteses determinadas pelo Código de Defesa do Consumidor, colocando-se à disposição para atendimento pelo 0800 0212121''.
Sobre o segundo caso, a empresa não se manifestou.
Problemas de locomoção
O medo de encontrar restos de animais – em especial, ratos – em garrafas do produto se deve à denúncia, feita por um relojoeiro paulista, de que teria sofrido problemas de locomoção e fala após ingerir uma garrafa na qual haveria um rato morto.
O caso ocorreu em dezembro de 2000, mas apenas recentemente se espalhou nas redes sociais, após ser mostrado em uma reportagem de TV.
Desde então, a Coca-Cola tem procurado reverter a má impressão deixada a parte dos consumidores. No mês passado, em comunicado, declarou que “nossos protocolos de controle de qualidade e higiene tornam impossível que um roedor entre em uma garrafa em nossas instalações fabris”.
“Lamentamos o estado de saúde do consumidor, mas reiteramos que o fato alegado não tem fundamento e é totalmente equivocada a associação entre o consumo do produto e o seu estado de saúde”, afirmou.
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